Do grito mais cantado pela torcida, a alegria, o desabafo e o resumo de uma campanha com a cara do país, sofrida desde o início, mas com um final feliz. Mesmo sem Cristiano Ronaldo, fora de combate por lesão ainda no primeiro tempo, os lusos se desdobraram na resistência à invasão francesa na final da Euro no Stade de France, venceram graças a um gol de Éder, aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação, e conquistaram o primeiro título na história do país. A redenção 12 anos depois da derrota para a Grécia na final em casa teve um sabor especial: foi no território para onde seus migrantes mais vão nas últimas décadas. Numa casa quase portuguesa, uma festa, com certeza.
O jogo durou 23 minutos para Cristiano Ronaldo. Mal tinha tocado na bola quando, aos sete, levou de Payet uma pancada no joelho esquerdo, no meio de campo. Caiu, gritou e o árbitro ignorou. Nem falta deu. Recebeu atendimento, voltou dobrando o joelho para testá-lo, e continuou mancando. Aos 16, sentou no gramado chorando. Saiu, colocou uma atadura, segurou no pique, não subiu para disputar pelo alto na área e não aguentou mais. Aos 23, jogou a braçadeira no chão, desabou e foi levado de maca para fora do palco onde pretendia brilhar. Uma pena para o espetáculo.
fonte: globoesporte.com