Tudo indica que uma disputa pela sede da Copa do Mundo de 2026 vai opor China e Estados Unidos. A decisão será anunciada em maio de 2020. O Mundial de 2026 será o primeiro no novo formato com 48 seleções.

O anúncio, feito nesta semana, de que a estatal chinesa de eletrônicos Hisense vai patrocinar a Copa do Mundo de 2018 reforçou a convicção entre dirigentes de que o gigante asiático vai se candidatar. O termo usado por quem toma decisões na Fifa é “inevitável”.

Esta não é a primeira empresa chinesa a despejar dinheiro na Fifa. O grupo Wanda assinou no ano passado um contrato de patrocínio até 2030, no valor de US$ 900 milhões. O investimento em futebol local também é bastante alto.

Ao mesmo tempo, a Concacaf (Confederação das Américas Central e do Norte) anunciou nesta semana que trabalha por uma candidatura conjunta de Estados Unidos, México e Canadá para a Copa do Mundo de 2026.

– É uma proposta emocionante. Tivemos muitas respostas positivas sobre esse assunto, e um sinal muito forte de que o futebol pode unir os países – afirmou o presidente da Concacaf, Victor Montagliani ao diário inglês “The Guardian”.

Enquanto a China tem derramado dinheiro para comprar futebol, os americanos acenam com diplomacia.

Na última reunião do Conselho Fifa, em janeiro, integrantes da Fifa levantaram dúvidas sobre como seria a relação do governo Trump com a entidade e com o futebol em geral. Cartolas norte-americanos responderam que não havia motivo para preocupação, que a “família Fifa” sempre seria bem vinda na América.

As dúvidas da “família Fifa” também se dão porque a maior investigação contra corrupção no futebol (e portanto na Fifa) é de autoria do FBI, a polícia federal americana. O brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está em prisão domiciliar nos EUA, como dezenas de outros cartolas.

Em 2016, os EUA organizaram a Copa América Centenário, que comemorava os 100 anos da Conmebol – uma confederação da qual os EUA não fazem parte. Em 2020, vão receber outra edição da Copa América.

O processo de escolha foi modificado depois da última votação, que designou a Rússia como sede do Mundial de 2018 e o Catar de 2022. A decisão agora é de todos os 209 filiados da Fifa, e não mais do Comitê Executivo (que tinha 24 membros e hoje tem 36).

Fonte: G1.com

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