O Brasil levou décadas para conquistar uma medalha de ouro no futebol olímpico. E agora? O que fazer com o objeto tão desejado? As respostas são as mais variadas. Há quem pretenda guardá-la em lugares secretos. Outros terão o maior orgulho em exibi-la com destaque na sala de casa. Tatuagens, uma semana com ela no pescoço e até um tour estão programados.
Antes da Olimpíada, Neymar havia dito que faria uma tatuagem da medalha de ouro caso ela fosse conquistada. A ideia partiu de seu companheiro de Barcelona, o meia Rafinha.
Logo depois de fazer um golaço de falta, bater o pênalti derradeiro do título, chorar muito e renunciar à faixa de capitão em entrevista à TV Globo, o atacante já marcou o símbolo da Rio-2016 em seu corpo, a exemplo do companheiro de posição Luan.
Outros pretendem repetir o gesto, como Gabriel, Walace e Marquinhos.
– Não sei exatamente o que, se a medalha ou símbolo da Olimpíada, mas alguma coisa terá que ser registrada e marcada – disse o zagueiro, que, a exemplo de muitos outros companheiros, vai reunir a medalha, uma camisa da seleção autografada por todos os campeões e a chuteira da final num quadro para a eternidade.
Todos os jogadores passaram pela zona mista do Maracanã – espaço onde dão entrevistas após as partidas – com suas medalhas no peito. Mesmo aqueles que tiveram menos tempo em campo, o lateral-direito William, por exemplo, não esconderam a euforia com a conquista inédita.
– Tatuar eu não vou, mas farei um quadro bem grande com a medalha e colocar na sala. Quem for me visitar vai ver, ela vai aparecer bastante – garantiu.
Dos planos mais conservadores aos inusitados: se antes da Olimpíada houve o tour da tocha, para promover o evento por todo o Brasil, agora o goleiro Weverton, herói ao defender o último pênalti da Alemanha, cobrado por Petersen, vai realizar o tour da medalha.
– Vou levar para Curitiba, para meus torcedores atleticanos poderem vê-la, e também todos os curitibanos. Depois para minha galera do Acre, que sempre esteve comigo. Vamos fazer um tour da medalha para todo mundo ter oportunidade de vê-la de perto (risos).
Um dos destaques da campanha dourada, o lateral-esquerdo Douglas Santos adotou a discrição: nada de tatuagens e muito menos ostentação. O objeto do desejo ficará guardado em lugar absolutamente secreto. Para o resto da vida.
– Não posso revelar, não (risos).
Os dois últimos jogadores da seleção brasileira a deixarem o corredor do Maracanã foram Marquinhos e o meia Renato Augusto, cena que se repetiu durante toda a Olimpíada, em razão da imensa paciência de ambos em falar com cada jornalista que pedia uma resposta.
Considerado pela maioria da imprensa o melhor jogador da final contra a Alemanha, Renato Augusto revelou planos mais íntimos com a medalha de ouro:
– A princípio estou programando uma semana com ela no meu pescoço. Depois vou ver (risos).
Impossível garantir que ele estava brincando.
Fonte: Globoesporte.com