O Flamengo iniciou o segundo semestre de 2016 com a folha salarial do elenco profissional mais alta da gestão Eduardo Bandeira de Mello. Os cinco reforços contratados recentemente elevaram o gasto com o pagamento do grupo de jogadores e comissão técnica para pouco mais de R$ 7,5 milhões. Antes do desembarque de Diego, Leandro Damião, Donatti, Réver e Rafael Vaz, o número girava em torno de R$ 6 milhões. O aumento supera 25% em relação ao primeiro semestre.

Este número poderia ser ainda maior. Três saídas no fim do primeiro semestre seguraram o índice. A mais pesada financeiramente, no entanto, foi forçada. Com problemas cardíacos, o técnico Muricy Ramalho resolveu deixar o cargo no final de maio. A economia na folha com a saída do comandante foi de R$ 400 mil. Além disso, o clube não foi atrás de um nome de peso para substituí-lo e optou pela efetivação de Zé Ricardo, considerado de custo baixo. O zagueiro Wallace, negociado com o Grêmio, tinha rendimento próximo de R$ 180 mil. O retorno de César Martins ao Benfica representou uma redução de R$ 100 mil. A saída do trio ajudou a segurar a folha salarial do Flamengo. Juntos, eles custavam R$ 680 mil – 11% da folha no primeiro semestre.

Com as finanças equilibradas após o período de forte austeridade iniciado junto com a gestão Bandeira, o Flamengo foi às compras no início deste segundo semestre. Cinco contratações desembarcaram na Gávea. Destas, quatro de nível internacional. O principal nome, Diego, vai custar ao cofre rubro-negro cerca de R$ 30 milhões em luvas e salários até o fim do contrato, em 2019. O impacto total das chegadas de Diego, Donatti, Damião, Rafael Vaz e Réver na folha salarial do clube gira em torno de R$ 1,5 milhão mensais.

Em entrevista na última semana ao GloboEsporte.com, o vice-presidente de planejamento do Flamengo, Pedro Paulo Pereira de Almeida, ressaltou que as contratações estão dentro do planejamento de receitas já previstas em orçamento. Porém, dentro do clube, é consenso que é preciso negociar algumas peças do elenco. Canteros abriu a fila.

– Acabou essa coisa de plano mirabolante para pagar grande jogador. Não tem plano mirabolante para contratar o Diego. Temos austeridade, temos planejamento, várias receitas crescendo e, aos poucos, vamos abrindo a torneira. Vamos pagar Diego e toda a folha em cima das principais receitas, que são contratos de TV, patrocínios, bilheteria e sócio torcedor – explicou.

Em reportagem recente, o GloboEsporte.com publicou que a folha de todo o departamento de futebol – incluindo dirigentes profissionais, funcionários e encargos – beirava os R$ 10 milhões, mas não foi a tanto. O custo total é um pouco abaixo: R$ 8,5 milhões.

A previsão de arrecadação do Flamengo para 2016 é de R$ 419 milhões. Dentro desse universo, clube vai gastar cerca de R$ 25 mi – quase 6 % do montante – com aquisição de direitos federativos. O Rubro-Negro gasta com futebol atualmente cerca de 45% da receita. Para os próximos anos, o desejo da administração é aumentar este índice para 50%.

Fonte: g1.com

Comentários
  [instagram-feed feed=1]  
Clique para entrar em contato.
 
Ajude-nos a crescer ainda mais curtindo nossa página!
   
Clique na imagem para enviar sua notícia!