Com direito a surpresas pelo caminho, a Libertadores chega ao momento decisivo. Nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Olímpico de Atahualpa, em Quito, Independiente del Valle e Atlético Nacional dão início à briga pelo título, num duelo que promete emoções, principalmente pelo retrospecto das equipes na atual edição da competição continental. De um lado, equatorianos que ainda não sabem o que é perder dentro de casa; do outro, clube colombiano que carrega status de visitante mais indigesto.
Apontado como surpresa na decisão, o Del Valle mostrou a força dentro de seus domínios já na fase prévia da Libertadores. No Rumiñahui, os equatorianos venceram o Guaraní, do Paraguai, por 1 a 0. Desde então, entre o estádio de Sangolquí e o Olímpico de Atahualpa, em Quito, mais cinco vitórias e um empate colocaram o time de Pablo Repetto na briga pelo taça inédita.
O Atlético Nacional não tomou conhecimento do São Paulo na semifinal e avançou com direito a status de favorito ao título. O cenário é ainda mais favorável quando o foco são os jogos longe de casa. Entre os 32 clubes que entraram na competição, o Alviverde aparece como melhor visitante, com quatro vitórias, um empate e uma derrota.
DUELO DE ARTILHEIROS
Contratado para a semifinal, Miguel Borja superou as expectativas do até mais otimista torcedor do Atlético Nacional. O atacante não só foi decisivo, como marcou os quatro gols diante do São Paulo – dois na Colômbia e dois no Morumbi. Com apenas dois jogos, aparece como artilheiro da equipe na Libertadores da América.
Maior esperança de gols da torcida, José Angulo foi decisivo diante do Boca Juniors na primeira partida da semifinal. Foi dele o gol da virada no segundo tempo, que deu aos equatorianos a vantagem na Argentina, onde passou em branco. Ao lado de Azcona e Sornoza, ganhou destaque e chegou ao posto de goleador na Libertadores, com seis bolas na redes – três a menos que Calleri, ex-São Paulo.
Mesmo com o faro de gol, Borja e Angulo terão pela frente um grande desafio: os goleiros Azcona e Armani, respectivamente. Capitão do Del Valle, Azcona foi o responsável direto pela classificação diante do River Plate, nas oitavas de final, parando D’Alessandro e companhia. Contra o Boca, pegou pênalti de Lodeiro e freou a empolgação da Bomboneira na reta final da partida. Armani apareceu como pilar do sistema defensivo de Ricardo Rueda na fase de grupos. O goleiro só foi vazado no segundo jogo das oitavas, na vitória por 4 a 2 sobre o Huracán.
Fonte: globoesporte.com