A segunda edição da Primeira Liga vai começar no mesmo lugar que consagrou o Fluminense como o primeiro campeão da competição, no ano passado, ao derrotar o Atlético-PR por 1 a 0. O estádio municipal de Juiz de Fora vai receber o Tricolor carioca contra o Criciúma, nesta terça, às 20h (horário de Brasília), na partida que inaugura uma nova fase do torneio.
Criada por causa das controvérsias entre alguns clubes e a CBF no ano passado, a edição de 2017 da competição vai contar com a entrada de seis times que não participaram em 2016: Brasil de Pelotas, Ceará, Chapecoense, Joinville, Londrina e Paraná. O único clube do Nordeste na competição é o convidado deste ano. De acordo com José Rodrigo Sabino, diretor-executivo da Primeira Liga, esta é uma das medidas para aumentar o valor da marca da competição.
– O Ceará está entrando como um clube convidado. Como não vai participar da Copa do Nordeste, vai participar da Primeira Liga. Mantendo um critério esportivo interessante pensamos em expandir e o Ceará é um clube muito grande com uma torcida enorme e apaixonada. Para os próximos anos a gente vai começar a criar critérios de classificação para tornar a competição cada vez mais atraente.
Por outro lado, dois clubes que ajudaram a fundar a Primeira Liga não estarão no torneio deste ano. Atlético-PR e Coritiba tiveram divergências na divisão das cotas de transmissão e ficarão de fora do torneio, apesar de Sabino não comentar o motivo.
Além da diferença na quantidade de times, a maior mudança é na forma de disputa. Este ano, as 16 equipes serão divididas em quatro grupos com quatro times e as duas melhores avançam para as quartas de final. Em 2016, apenas os primeiros colocados e o melhor segundo dos três grupos avançavam para a semifinal.
A segunda fase deste ano está marcada para ser disputada no segundo semestre da temporada, nas datas Fifa, quando as seleções estarão disputando as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Dessa forma, o diretor-executivo da Primeira Liga afirmou que vai preencher uma lacuna que passam a existir nos canais que transmitem futebol.
Para Sabino, apesar do caráter amistoso que a competição ainda tem – por não estar no calendário oficial da CBF – a edição de 2017 será melhor que a do ano passado. Segundo ele, isso se dá por causa da estrutura que o torneio agora tem.
– Nós tivemos menos resistência para organizar o torneio do que no ano passado. Em 2016, no dia do primeiro jogo ainda tinha o risco de não ser aprovado. Esse ano a gente conseguiu, apesar dos problemas de tabela. O torneio deste ano tem um número maior de clubes, a gente vai ter uma fase de mata-mata no segundo semestre e em dias que a gente não vai ter futebol na TV por ser data Fifa. Hoje a Liga está mais estruturada.
Fonte: Globoesporte.com