Resumo
A expectativa na seleção olímpica é alta: espera-se dribles, trocas de passes, gols. Mas, nesta quinta-feira, no estádio chamado Mané Garrincha, Rogério Micale e seus amigos aprenderam antiga lição do Anjo das Pernas Tortas: faltou combinar com a África do Sul. Disciplinada e com ótima marcação, a seleção rival soube controlar o jogo, defendeu-se bem e, mesmo com um a menos no segundo tempo, segurou o Brasil num empate em 0 a 0, pela primeira rodada do Grupo A.
PRIMEIRO TEMPO
A ideia de jogo de Micale pôde ser vista desde o início: time avançado, marcando forte, com posse de bola. Mas, tecnicamente, foi difícil. Do trio de ataque, Gabriel foi quem mais se movimentou, com passes e dribles, mas não encontrou parceria em Jesus e Neymar. O time não conseguiu se entender e ficou limitado a cruzamentos infrutíferos.
SEGUNDO TEMPO
Neymar simbolizou a seleção. No início, com o time ainda sem se entender, errou demais e não conseguiu dar sequência às jogadas. Mas, após a expulsão de Mvala, aos 14 minutos, a equipe cresceu. Com mais espaço e as entradas de Luan e Rafinha nos lugares de Felipe Anderson e Renato Augusto, os passes fluíram mais. Entretanto, o time esbarrou no goleiro Khune, autor de boas defesas, e na forte marcação rival. Na melhor chance, Gabriel Jesus chutou na trave com gol aberto.
NEYMAR
O capitão brasileiro esteve abaixo das expectativas. Foi muito acionado e não se omitiu, mas errou lances fáceis e chegou a irritar alguns torcedores. No mano a mano com os adversários, teve dificuldade para levar a melhor.