O atacante Alecsandro, do Palmeiras, foi punido nesta segunda-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paulista de Futebol com dois anos de suspensão após ter sido detectado em exame antidoping na primeira fase do Paulistão. A substância encontrada no organismo do jogador foi a O-Dephenylandarine, anabolizante, metabólito do Andarine, substância proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada). A defesa vai recorrer da decisão.
Dois auditores votaram a favor da pena máxima de quatro anos. Outros dois, além do presidente da 2ª Comissão Disciplinar, levaram atenuantes em consideração e optaram por dois anos. Agora, o Tribunal tem 48 horas para publicar a decisão. A partir disso, a defesa do atleta terá três dias para recorrer.
Muito abalado, Alecsandro deixou o local chorando, sem falar com a imprensa. Inquieto durante todo o julgamento, o jogador balançava a cabeça negativamente a cada voto proferido. O Palmeiras ofereceu suporte por meio de seus advogados e médicos, mas a defesa foi elaborada por uma equipe particular, contratada pelo próprio jogador.
Vale lembrar que o atacante já cumpriu 30 dias de suspensão preventiva, período que seria descontado do prazo final estipulado – transformando a pena, na verdade, em um ano e 11 meses de suspensão.
Em todo o tempo, a defesa se baseou no argumento de que o O-Dephenylandarine decorreu de um tratamento de implante capilar feito pelo atacante em dezembro do ano passado. Os médicos do Palmeiras admitiram a ausência de estudos na área, mas explicaram como um processo desenvolvido pelo próprio organismo do jogador pode ter levado a uma conclusão precipitada.
Fonte: globoesporte.com