Carlos Luna, enquanto goleiro titular, pelo Icasa. ( Divulgação )
Carlos Luna, enquanto goleiro titular, pelo Icasa. ( Divulgação )

Deflagrada na manhã desta quarta-feira (6), a operação “Game Over” da Polícia Civil que investiga fraudes em partidas de futebol no Brasil. Desde às 5h, as autoridades já começaram as articulações para cumprir 10 mandados de prisão temporária em três estados, incluindo o Ceará.

Segundo a Polícia Civil do Estado do Ceará, na manhã desta quarta já foi cumprido um mandado de prisão temporária em desfavor de um empresário do município de Maracanaú, suspeito de participação no esquema de manipulação de resultados de jogos no Brasil.

Operação visa desarticular grupo criminoso que manipulava resultados de diversas partidas de futebol profissional, incluindo as séries "B", "C" e "D" ( Divulgação PJC)
Operação visa desarticular grupo criminoso que manipulava resultados de diversas partidas de futebol profissional, incluindo as séries “B”, “C” e “D” ( Divulgação PJC)

Ainda de acordo com o órgão, a investigação apurou que o resultado dos jogos era manipulado para beneficiar asiáticos que faziam apostas pela internet. O dinheiro para comprar técnicos e jogadores vinha de bolsas de apostas da China, Malásia e Indonésia. O esquema era chefiado por um agenciador carioca e um ex-jogador de futebol que atuou na Indonésia.

Até às 11h, outras seis prisões já foram efetuadas nas cidades de São José do Rio, Bauru e São Paulo. Dentre eles, o goleiro Carlos Luna, que atuou pelo América-SP em 2015 e atualmente está sem clube, de acordo com o GloboEsporte.com e o portal G1.

Carlos Luna atuou também pelo futebol cearense em oito ocasiões:

  • 2009: Crato e Barbalha
  • 2010: Barbalha e Icasa
  • 2011: Icasa (titular)
  • 2012: Icasa (titular)
  • 2013: Guarani de Juazeiro
  • 2014: Guarany de Sobral

Ainda não foram divulgados oficialmente nomes de atletas, ex-atletas ou clubes envolvidos no esquema.

“Game Over”: como funcionava o esquema

Batizada de “Game Over” (fim de jogo, em inglês), a operação, que também cumpre mandados em São Paulo e no Rio de Janeiro, visa desarticular um grupo criminoso que manipulava resultados de diversas partidas de futebol profissional, incluindo as séries “B”, “C” e “D” de campeonatos estaduais.

A propina era paga a técnicos e jogadores, vinda de bolsas de apostas da Indonésia, Malásia e China. As investigações duraram cerca de cinco anos e indicaram que o esquema era chefiado por um agenciador carioca e um ex-jogador de futebol que jogou na Indonésia.

Em março deste ano, o jornal Diário de S. Paulo revelou que jogadores do Barueri teriam recebido proposta para perder um jogo para o Rio Preto. A suspeita é que o resultado de 4 a 0 para o Rio Preto tenha beneficiado apostadores de um site, que pagou 19 para 1 pelo resultado. Uma aposta de US$ 10 mil pagaria US$ 190 mil.

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste

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