O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, 85, foi condenado em julgamento realizado nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, que investiga esquema de corrupção envolvendo a Fifa e o pagamento de propinas em competições internacionais. O júri popular condenou o brasileiro em seis das sete acusações apresentadas.
A informação foi publicada primeiramente pelo GloboEsporte.com. De acordo com a reportagem, a sentença do cartola será divulgada apenas em 2018 pela juíza Pamela Chen.
Marin, que estava cumprindo prisão domiciliar na Trump Tower (arranha-céu de 68 andares e avaliado em R$ 380 milhões), em Nova York, foi encaminhado para uma prisão federal.
As sete acusações formuladas pelo governo dos EUA se referiam basicamente a recebimento de propinas e desvio de milhões de dólares destinados a competições ou a entidades. O cartola negou todos os crimes e tinha quatro advogados de defesa.
Ele só foi inocentado da acusação de lavagem de dinheiro.
Além do ex-presidente da CBF, o paraguaio Juan Ángel Napout, ex-mandatário da Conmebol, e o peruano Manuel Burga, ex-presidente da federação do Peru, também foram julgados e condenados nesta sexta-feira.
O primeiro foi condenado em três das cinco acusações, enquanto o segundo não teve a decisão divulgada. Ele tinha uma acusação.
Os três considerado culpado foi julgando por recebimento de propinas para beneficiar empresas de marketing esportivo em três contratos: venda de direitos da Copa do Brasil, da Copa Libertadores e da Copa América.
Em cada um dos contratos, eles também eram acusados de fraude e lavagem de dinheiro. Além da acusação de fazerem parte de uma organização criminosa que atuava fazendo extorsões no mundo do futebol.
O FBI em conjunto com a polícia da Suíça investiga mais de 40 dirigentes de futebol no chamado Fifagate.
Entre os citados que já foram punidos estão o ex-presidente da federação da Guatemala, Héctor Trujillo, 63, com oito meses de prisão, e o britânico Costas Takkas, 60s, ex-dirigente da Federação das Ilhas Cayman, condenado a 15 meses de prisão após se dizer culpado de conspiração para lavar US$ 3 milhões (cerca de R$ 9,8 milhões) em propina.
Fonte: Espn.com