Torcedor pontepretano: daqui alguns anos, quando seu filho ainda garoto quiser puxar papo sobre o dia que a Macaca foi rebaixada para a Série B do Brasileiro em 2017, você pode até tentar uma ou outra explicação diferente para a história. Mas dificilmente vai fugir das

A Ponte Preta vencia um concorrente direto por 2 a 0, com menos de 20 minutos de jogo, diante de mais de 12 mil torcedores. Vencia não, a-tro-pe-la-va um rival atordoado em campo. Até que um gesto absolutamente desnecessário (para não usar outro adjetivo) pôs tudo a perder.

Tudo bem, o futebol é coletivo e a Ponte só foi rebaixada no domingo por causa de uma série de graves problemas em toda a campanha. Mas o que fez Rodrigo, um jogador de 37 anos e passagens em grandes clubes e na Europa, é indefensável.

  

A Ponte comemorava... até que um lance acabou com tudo (Foto: Futura Press)
A Ponte comemorava… até que um lance acabou com tudo

Existe uma linha bem tênue entre esperteza e estupidez. Rodrigo ultrapassou completamente esse limite ao enfiar o dedo em Tréllez, na tentativa de provocar o adversário. O tiro, sem trocadilho algum, saiu pela culatra. E prejudicou os planos da Ponte Preta em campo.

Com mais 70 minutos de partida e um jogador a menos, a Macaca foi sufocada pelo Vitória. Levou o primeiro, em seguida tomou outro e, dez minutos antes do tempo regulamentar, sofreu o terceiro. O herói da partida? Tréllez, o mesmo agredido por Rodrigo no lance da expulsão.

Isso é o que chamam de ironia.

Também é o que chamam de irresponsabilidade. Em um jogo com trocentos auxiliares para o árbitro e câmeras espalhadas por todos os lugares, não há alguém que consiga defender o gesto de Rodrigo. Ainda mais por não ser a primeira vez. O jogador acumula confusões de todos os tipos na carreira que caminha para um fim triste.

Sem Rodrigo no ano que vem (ou alguém defende a permanência?), a Ponte seguirá para a Série B. Perderá uma porção de mandos de campo, alguns milhões de reais. Enfrentará adversários menos midiáticos, vai rever o Guarani, um velho arquirrival que estava longe do seu radar. Será um 2018 de reciclagem, depois de uma temporada cheia de altos e baixos.

Que fique de lição. Para a Ponte. E também para Rodrigo.

Fonte: Globoesporte.com

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