O gol do alívio foi dele. Na metade do segundo tempo, a torcida rubro-negra explodiu o Maracanã. Diego marcou de pé direito, venceu Gatito e o Botafogo (1 a 0) e levou o Flamengo à segunda final do ano – depois do título Carioca, o Rubro-Negro está a dois jogos de conquistar a Copa do Brasil. Seria a quarta conquista do clube em sete finais da competição.
Ao lado de Guerrero, Diego é o jogador mais aplaudido e também, muitas vezes, mais cobrado. De quem se espera mais. Sempre mais. Muito consciente de seu papel no time e no clube, o camisa 35 resumiu bem a roda gigante de emoções que vive no Flamengo.
– É uma resposta para nós mesmos. Sei que a expectativa é alta. É diferente de uma equipe que começa o ano com sensação de que “o que vier é lucro”. Vestir essa camisa, com essa responsabilidade, não trocaria essa situação por nada – disse Diego.
O jogador considerou seu 17ª gol – o que decidiu o clássico com o Botafogo – em 51 partidas pelo Flamengo o mais importante neste um ano em que veste rubro-negro. Não era à toa. Nas partidas mais recentes e até no jogo dessa noite de quarta-feira, no Maracanã, Diego falhou até em finalizações mais fáceis – como na partida contra o Corinthians, em São Paulo, e no pênalti contra o Palmeiras, na Ilha do Urubu.
Ponderado, mas afirmativo, lembrou que ele e seus companheiros de time seguem provando a capacidade em momentos decisivos – depois do fracasso da Liberatdores.
– Estamos numa profissão que gera opinião diferente e temos em alguns momentos que ouvir. Podemos discordar e provar dentro de campo que isso não é realidade. Foi o que procuramos fazer. Em nenhum momento duvidamos do nosso potencial. Várias pessoas duvidaram da gente, mas é um direito delas. Foi o que tentei passar para o grupo – afirmou o camisa 35.