Delegacia Regional de Sobral – Imagem: Google Maps

O comerciante Cleilton Maciel Vasconcelos, 33, pai do adolescente que atirou contra três colegas e matou um em uma escola pública em Sobral, no interior do Ceará, morreu após ser baleado dentro do mercadinho do qual era dono. O crime ocorreu na manhã dessa última segunda-feira (20) e seria motivado por uma disputa territorial de facções criminosas.

Conforme o Diário do Nordeste apurou, os suspeitos desconfiavam que Cleilton estaria se associando a uma organização armada rival, de origem carioca, enquanto o bairro do homicídio, Sumaré, é dominado por uma facção criminosa originada em São Paulo. Dois homens armados praticaram o atentado. A dupla não foi identificada.

Após ser baleada, a vítima foi levada para a Santa Casa de Sobral, mas morreu nesta terça-feira (21). Segundo a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Cleiton tinha passagens por posse irregular de arma de fogo, furto e receptação.

Durante a ocorrência, uma mulher, não identificada, foi baleada e levada a uma unidade hospitalar da região. Ela teria sido atingida de raspão. A Delegacia Regional de Sobral investiga as circunstâncias do caso, e realiza diligências e oitivas para capturar os autores do homicídio e da tentativa de homicídio.

OCORRÊNCIA EM ESCOLA DE SOBRAL 

À época do crime, Cleilton chegou a ser preso por facilitar o acesso do filho à arma do ataque. O crime ocorreu em outubro de 2022, o adolescente baleou três colegas na EEMTI Carmosina Ferreira Gomes, com uma pistola CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Ele havia levado a arma para se proteger de bullying, mas as pessoas atingidas não eram as que praticavam o constrangimento contra ele.

O tiro foi acidental, conforme conclusão da PCCE. O dono da pistola, Antônio Felipe de Sousa, foi preso dias após a ocorrência. Meses antes do crime, ele tentou se desfazer da arma, e ela teria sido negociada com o adolescente por meio do WhatsApp.

Um dos adolescentes atingidos, de 15 anos, morreu no dia 8 de outubro, após três dias internado em estado grave. Júlio César levou um tiro na cabeça.

 

 

 

Diário do Nordeste

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