Um pescador vai prestar serviços comunitários e pagar uma um valor de dois salários mínimos após retirar um tubarão do tipo cabeça-chata (Carcharhinus leucas) do mar em Fortaleza. O caso aconteceu em junho deste ano, na Praia do Titanzinho.

A prestação de serviço será destinada para a ONG Aquasis, que há mais de 30 anos desenvolve atividades de preservação de espécies da fauna aquática no Ceará.

Acordo de Não Persecução Penal foi realizado pelo Ministério Público do Estado do Ceará. Segundo o órgão, o fato configura o crime de pesca ilegal, cuja pena é de um a três anos de detenção ou multa.

Relembre o caso

A pesca dessa espécie é proibida desde maio de 2023. — Foto: BPMA/Reprodução
A pesca dessa espécie é proibida desde maio de 2023. — Foto: BPMA/Reprodução

Tubarão-cabeça-chata foi encontrado no litoral de Fortaleza no dia 20 de junho. Na época, a ocorrência foi atendida por policiais do Batalhão do Meio Ambiente. O Batalhão de Polícia de Meio Ambiente (BPMA) informou que, ao chegar no local, o animal estava na faixa de areia. O tubarão media aproximadamente 1,8 m.

g1 conversou na época com professor adjunto Vicente Faria, da Universidade Federal do Ceará (UFC), que explicou que essa espécie é conhecida na fauna cearense, tem hábitos costeiros e pode adentrar rios e lagos.

A retirada indiscriminada desse animal do seu habitat natural “altera significativamente” o meio ambiente, segundo o especialista em tubarões e raias.

Devido à condição do animal, segundo o professor, a pesca dele é proibida. “Portanto, ela teve a captura recentemente considerada proibida por todo o território nacional”, comentou na oportunidade o professor.

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