No Ceará, do dia 16 de março de 2020 até essa segunda-feira (11), pelo menos, 302 adolescentes em conflito com a lei foram liberados das internações, após decisão da Justiça.

Nessa terça-feira (12), nove adolescentes em conflito com a lei deixaram o prédio. Algumas já tinham cumprido o tempo da medida e outras se encaixam no grupo de risco por estarem grávida ou terem doença crônica.

“Nos centros masculinos há blocos, tem como dividir, tem como isolar. A estrutura do feminino é diferente, não há essas condições. A ventilação não é boa, então não tem como usar para pessoas doentes. Nós reavaliamos os processos para diminuir a quantidade de adolescentes nos centros socioeducativos. Muitos já foram liberados durante este período da pandemia”, explicou Manuel Clístenes.

Cenário

Neste período de pandemia e decreto de isolamento social, a taxa de ocupação dos centros socioeducativos do Ceará chegou a 67%. Nos equipamentos onde costumava faltar vagas e os adolescentes se amontoavam, agora, sobra espaço.

De acordo com o magistrado, a Seas separou dois equipamentos para transferir internos infectados. O Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, localizado no bairro Sapiranga, é um deles. O local conta com 40 vagas e, atualmente, está totalmente desocupado.

Também conforme Manuel Clístenes, o entorno do Mártir Francisca é tomado por membros de uma facção criminosa. Quando os populares souberam que pacientes seriam transferidos para lá, as ameaças começaram.

Nordeste Notícia
Fonte: G1

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