Dose dupla de Fábio Bordignon no Estádio Olímpico. Depois da prata nos 100m rasos T35, o velocista mostrou mais uma vez que a decisão de trocar o futebol de 7 pelo atletismo não podia ter sido mais acertada. Cheio de poses e caretas antes da prova, Fabinho repetiu a dose e chegou em segundo nos 200m na manhã desta segunda-feira. Foi a 14ª medalha do Brasil no atletismo, mais da metade das 25 conquistadas até agora nos Jogos Paralímpicos do Rio. O ouro ficou com o ucraniano Ihor Tsvietov e Hernan Barreto, da Argentina, foi bronze.
Já nas graças da galera pelo pódio da última sexta-feira, Fabinho explorou sua personalidade extrovertida no Engenhão. Com apetrecho no antebraço, brincou com a câmera, fez caretas e mexeu no cabelo ao seu anunciado pelo sistema de som. Durante a prova, no entanto, não foi possível incomodar o favoritismo do ucraniano Ihor Tsvietov, que liderou da ponta a ponta e cruzou a linha de chegada com 25s11, a melhor marca da vida. O brasileiro, por sua vez, não tem do que reclamar. Ele também nunca tinha corrido para 26s01 e bateu o recorde sul-americano da prova.
– Estou muito feliz. É minha primeira Paralimpíada pelo atletismo e conquistei duas medalhas. Não tenho palavras. Se Deus quiser, terei uma carreira brilhante pela frente. Uma nova história está começando. Em um ano e nove meses consegui ser convocado e disputar os Jogos. Estou realizou. É bastante lucro.
Quarto lugar em Londres 2012 com o futebol de 7, Fabinho precisou aprender a se virar sozinho para chegar ao pódio paralímpico.
Fonte: Globo.com