A página Jorginho virou de forma muito rápida no Ceará. Em plena madrugada de ontem, quando o clube informava o desligamento do ex-lateral horas depois da derrota para o Cruzeiro, uma negociação com Lisca “Doido” já era costurada nos bastidores.
Alegando motivos pessoais, Jorginho pediu demissão e deixou o Alvinegro com 0% de aproveitamento após dez dias de trabalho. Na manhã de ontem, o carioca e membros da sua comissão técnica estiveram no clube para se despedir dos jogadores e dos funcionários. Logo após a saída, o ex-comandante do Vovô passou a ser cotado para assumir o Vasco.
Enquanto Jorginho dava o “adeus” no Porangabuçu, Lisca confirmava ao O POVO o convite para assumir o Ceará. Mais tarde, em novo contato, admitiu que encontraria os dirigentes no Rio de Janeiro.
E por lá o gaúcho de 45 anos, que salvou o Alvinegro do rebaixamento da Série B para a C em 2015, acertou os últimos detalhes e assinou contrato com o clube.
Por volta das 21 horas, Lisca já estava no ônibus com a delegação do Ceará – o time enfrenta o Botafogo amanhã, no Engenhão-RJ. Trinta minutos depois, o time oficializava o acerto nas redes.
O professor “maluco” já deve comandar a equipe diante do Fogão. O técnico tentará levar o Ceará à primeira vitória no Brasileirão e iniciar reação contra rebaixamento.
No termômetro das redes sociais é fácil perceber que Lisca não é unanimidade entre os torcedores do Ceará. Mas o gaúcho tem a confiança da diretoria do Alvinegro, que era a mesma – presidida por Robinson de Castro – em 2015, ano do “milagre” contra a degola. Ele deixou o Vovô em 2016, saindo com boa relação com os dirigentes.
O perfil motivador do técnico deve ser a principal aposta da diretoria alvinegra para reverter a situação na Série A.
Além de ter salvado o Ceará, Lisca conseguiu livrar o Guarani da queda da Série B para a C, no ano passado. Agora tem a missão de, mais uma vez, tirar o time cearense da parte de baixo da tabela.
No Vovô, Lisca comandou o clube em 28 jogos entre outubro de 2015 e março de 2016, conquistando 18 vitórias, seis empates e quatro derrotas.
O último clube de Lisca foi o Criciúma, onde teve uma passagem relâmpago. Por lá, comandou o Tigre em apenas quatro jogos, obtendo um aproveitamento de 33% (uma vitória, um empate e duas derrotas).
JOÃO LUCAS atuou em 31 partidas pelo Figueirense, entre setembro de 2017 e maio de 2018, disputando o Estadual e Série B
VEJA MAIS: CEARÁ E A NECESSIDADE DE REFORÇOS | NA PRANCHETA #20
Fonte: O Povo/Lucas Mota