O árbitro Marcelo Aparecido de Souza, que apitou a final do Campeonato Paulista no último domingo entre Palmeiras e Corinthians, negou que sua decisão de cancelar um pênalti marcado a favor da equipe alviverde tenha sido tomada a partir de uma interferência externa.
Em participação no Redação SporTV, Souza afirmou que corrigiu a marcação em lance de dividida entre Ralf e Dudu na área do Corinthians após ouvir o quarto árbitro, Adriano Miranda, que, segundo ele, tinha ângulo de visão melhor da jogada – como relatado na súmula.
Depois da partida, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, atacou a arbitragem e afirmou que Souza recebeu informação externa para tomar a decisão.
– Quero deixar claro que não houve interferência externa – disse o árbitro, que reafirmou sua convicção em ter tomado a atitude correta ao cancelar o pênalti.
– A imagem é bem clara. A imagem de trás e a lateral mostram que o Ralf toca na bola. A decisão foi acertada. O mais importante de tudo é que a decisão foi acertada.
Souza admitiu, porém, que houve demora do grupo de arbitragem em chegar a um consenso. Foram cerca de oito minutos em Souza apitar o pênalti e corrigir a marcação, dando escanteio ao Palmeiras.
– A demora toda não foi ideal. Houve uma demora. Todo mundo falando ao mesmo tempo, isso complica. Envolvido numa grande decisão, em que um erro de arbitragem pode influenciar, você não percebe que demorou tanto – afirmou.
Ele contou que após apitar o pênalti ouviu no comunicador um dos assistentes dizer ter sido escanteio.
– Num determinado momento, eu falei: “Quem falou ‘canto’? Você falou, Adriano (o quatro árbitro)”? Quem me ouve é o quinto árbitro, que vai até ele (Adriano) e fala: “vai lá que ele quer falar com você”.
Depois do jogo, a Federação Paulista de Futebol divulgou nota em que afirma que o árbitro acertou na decisão de cancelar o pênalti.