Escola Rural no município de Santa Quitéria, com obra paralisada, é uma das que serão retomadas após repactuação
Legenda: Escola Rural no município de Santa Quitéria, com obra paralisada, é uma das que serão retomadas após repactuação Foto: Reprodução/Simec
A rede pública de educação de 89 cidades cearenses deve receber novas estruturas nos próximos anos. Das 251 creches, escolas e quadras inacabadas ou paralisadas no Estado, 205 serão concluídas por meio do Pacto pela Retomada de Obras da Educação Básica. Outras 46, porém, seguem com destino indefinido, já que as gestões locais não manifestaram interesse em retomá-las (veja lista abaixo).

As prefeituras e o Estado tiveram um prazo, findado em setembro, para solicitar auxílio financeiro para concluir as intervenções. O Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), então, enviará verbas federais reajustadas para os entes interessados finalizarem as construções.

Ao todo, 104 cidades têm obras passíveis de inclusão no pacto: 15 delas não solicitaram repactuação para concluí-las.

Algumas dessas prefeituras, por outro lado, optaram por repactuar apenas alguns dos empreendimentos. Jaguaruana, por exemplo, possuía 12 obras elegíveis para receber recursos, mas solicitou a retomada de apenas 3 delas.

 

Obra de creche no município de Granja, no Ceará, consta como paralisada com 30% de execução

Capital do Estado, Fortaleza possuía 4 intervenções na lista: duas escolas com obras paralisadas, nos bairros Jangurussu e Barra do Ceará; e duas intervenções inacabadas, no Conjunto Ceará e na Lagoa Redonda. Apenas as duas primeiras serão concluídas pelo pacto.

 

Já Icó, Missão Velha e Santana do Acaraú, que tinham 10, 7 e 6 obras a serem terminadas, respectivamente, indicaram ao FNDE interesse em concluir todas.

 

 

 

IMPORTÂNCIA DAS OBRAS

 

Legenda: Creche Vila Otávio Leite, no município de Novo Oriente, está na lista de obras paralisadas no Ceará Foto: Reprodução/Simec

De acordo com o MEC, “a conclusão dessas obras vai gerar novas vagas na rede pública de ensino de todo o Ceará”.

Júnior de Castro, presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), apontou, em entrevista ao Diário do Nordeste, que a paralisação de obras acontece “porque há mudanças de gestão e os gestores que entram nem sempre dão continuidade”.

“É a primeira vez que se tem a oportunidade de repactuar essas obras”, ele destaca, pontuando que a falta de adesão por parte de algumas prefeituras se deve a uma preocupação financeira. “Vivemos uma situação complicada, os municípios estão receosos que precisem complementar os custos”, complementou.

 

R$ 240,9 MILHÕES
é o valor total de custo das obras de educação nas cidades cearenses. Do total, R$ 240,3 mi serão pagos pelo FNDE.

 

Durante o lançamento do pacto, em agosto, a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, reconheceu que, para as prefeituras, “não há como terminar em 2023, com os mesmos valores pactuados, uma obra iniciada em 2015”, o que justifica o projeto de reajuste. Ela já havia descartado, na ocasião, que os municípios teriam grandes gastos.

A gestora observou que “algumas obras têm problemas estruturais graves, estão condenadas, podem causar danos de segurança”, e que estas não seriam retomadas.

 

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