Chacrinha veio para Fortaleza conhecer o trabalho da cantora de forró
Legenda: Chacrinha veio para Fortaleza conhecer o trabalho da cantora de forró Foto: Edmundo Sousa/Stenio Saraiva/ Diário do Nordeste

O apresentador Chacrinha, um dos principais nomes da comunicação do País, veio ao Ceará para se aprofundar no forró da cantora Eliane em 1986. Ele foi convidado pela gravadora RCA para assistir o lançamento do LP “Quero Ter Você” da forrozeira — na casa de shows Obá Obá, em agosto daquele ano.

Em entrevista ao Diário do Nordeste, o apresentador conversou sobre o cenário de disputa do forró e o rock em âmbito nacional.

 

Entrevista com Chacrinha no Diário do Nordeste publicada no dia 23 de agosto de 1986
Legenda: Entrevista com Chacrinha no Diário do Nordeste publicada no dia 23 de agosto de 1986 Foto: Arquivo Diário do Nordeste

Segundo o Velho Guerreiro, assim chamado pelos fãs, a passagem por Fortaleza seria para levar nomes da região ao programa “Cassino do Chacrinha”, na TV Globo.

Na época, Eliane fazia sucesso regionalmente. Ela já havia vendido mais de 200 mil cópias do disco “Cantando Para a Vida”, somente no Ceará — segundo publicação do jornal.

 

Conhecida placa da casa de eventos Obá-Obá
Legenda: Conhecida placa da casa de eventos Obá-Obá Foto: Arquivo/Diário do Nordeste

Chacrinha detalhou ainda sobre a abertura dos palcos da TV Globo para nomes regionais, Ele conseguiu com êxito lançar nomes como Nando Cordel, Sandro Becker e até o grupo Os Pagodeiros.

CRÍTICAS AO ROCK

Ainda em entrevista, o velho guerreiro fez críticas aos programas de música das rádios da época:

 

Na pior das hipóteses, elas deixam de tocar 70% dos artistas que gravam. Fazem isso por discriminação e intelectualização. As rádios cariocas não mudam a programação. A  pessoa é obrigada a ouvir rock 24 horas por dia. Não quero dizer que sou contra rock, acho apenas que deveria ser dada oportunidade à música brasileira. Penso que dentro de um ano isso vai mudar

CHACRINHA
Apresentador

 

Na conversa, Chacrinha lembrou que o rádio passou por diferentes fases de execuções de determinados artistas, inclusive “houve época em que a rádio era dominada de cearenses. O tempo de Lauro Maia, Zé Dantas, Trio Nagô. Hoje, a epidemia é de música americana”.

 

 

 

Diário do Nordeste

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