Christiane Lessa, nova técnica do Avaldsnes, da Noruega (Foto: Arquivo Pessoal)
Christiane Lessa, nova técnica do Avaldsnes, da Noruega

Contemporânea de Marta como jogadora ainda dos tempos de Vasco, Christiane Lessa saiu do Brasil em 2001 em busca de um sonho. Encontrar nos Estados Unidos a realização no futebol feminino que, por aqui, ainda não era possível. Após 16 anos, ela encara um novo e grande desafio. Será técnica do Avaldsnes, da Noruega, que constantemente disputa a Champions League feminina – o time tem Lena Tyriberget, que está a serviço da Federação Norueguesa com a sub-17 feminina até o meio do ano, como “general manager”, espécie de diretora de futebol. Todo esse caminho tem mais um objetivo no horizonte: no futuro, quem sabe, chegar ao comando da seleção brasileira.

– Eu fui para os Estados Unidos e depois de 15 anos consegui cidadania. Agora que posso escolher o que fazer é meu sonho chegar à seleção brasileira e será meu maior sonho se um dia chegar. Mas precisa de experiência internacional. As jogadoras nos Estados Unidos estão sempre fazendo cursos e também não acho que posso ser técnica da seleção somente porque joguei. Tenho que sempre me aprimorar – afirmou Christiane ao blog Dona do Campinho.

Na Europa, Christiane diz que poderá trabalhar sob pressão, algo que ela coloca como decisivo na formação de treinadora e que nos Estados Unidos não é algo tão comum. Além disso, quer aproveitar para tirar a licença de técnica da Uefa. Até o momento, ela possui a licença B da CBF.

– O objetivo de carreira é aprender a trabalhar sob pressão, ganhar títulos importantes. Aprender o máximo possível para me preparar e fazer as licenças da Uefa. Meu maior objetivo é tirar a licença da Uefa. Já tenho a licença B do Brasil (CBF). Quero fazer a A da Uefa e depois a PRO – afirmou a treinadora, que foi comunicada nesta segunda-feira que será “head coach”, técnica principal e não a auxiliar.

Christiane aponta que, no futebol feminino europeu, não se ganha quantias altas, mas que a paixão pela modalidade e também rivalidade entre os clubes está bem mais aflorada atualmente, algo que, de acordo com ela, ficou no passado em terras americanas depois do esporte ter assegurado a “virada” para o sucesso na época de Mia Hamm. Ela aponta que se transformou em uma “máquina de dinheiro”.

– Na Europa, ninguém está milionário, mas é mais competitivo. Já tem um pouco mais de paixão e rivalidade entre os times. Uma das intenções da minha ida também é estar na Champions e acrescentar na minha carreira. Até achei que para ir para a Europa eu tinha que passar pela seleção e acabei dando sorte de ir antes.

– Nos Estados Unidos, virou uma máquina de dinheiro. Na Europa, ainda tem muita paixão pelo futebol. As jogadoras lá assistem aos jogos de futebol. Nos EUA é difícil ver as jogadoras querendo assistir. Na época da Mia Hamm, você via mais paixão quando lutavam para dar certo. Agora que deu certo mudou um pouco. Agora virou uma máquina de dinheiro – disse.

Carreira no futebol

– Eu vim para os Estados Unidos para jogar em 2001. Ganhei bolsa completa de estudo. E desde o dia que cheguei ja virei técnica. Treinava um time de high school de meninas e fazendo clínicas para sub-11 e sub-10 feminino. Em 2005 fui jogar na Islândia, no Haukar. Fui jogadora e auxiliar. Voltei para os Estados Unidos depois de dois anos e comecei no Plantation FC. Jogava e também era treinadora. Em 2008 implementei o primeiro time de futebol feminino da Faculdade da Flórida. Depois fui para outra universidade em Iowa. fomos campeãs da NCAA (liga de colégios e universidades) e depois fui para Young Harris College (Geórgia) e em outubro fui técnica da sub-20 profissional da Washington Spirit, ex-time da Mia Hamm (eleita duas vezes melhor do mundo).

Fonte: G1.com

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