Após a homenagem em uma praça de La Unión com placa e cápsula do tempo, uma missa foi realizada no monte que agora leva o nome da Chapecoense nesta terça-feira, dia em que completa um ano do acidente com o voo da La Mia na Colômbia. Um altar foi levantado no local onde restou a fuselagem. Duas cruzes de madeira dominavam a vista de dezenas de pessoas que compareceram com a camisa do Atlético Nacional.
Aos pés da cruz, uma família chorava. Os pais de Silsa Arias, co-pilota boliviana morta na tragédia, viajaram da Bolívia para se despedirem de sua filha.
– Viemos para dar um abraço e dizer que vamos procurar continuar sem ela. Trouxemos um pouco de suas cinzas e jogamos (na montanha), uma imagens que certamente mostrarei a seus dois filhos quando começarem a fazer perguntas – disse à agência “AFP”, Jorge, seu pai.
Na montanha, Luis Albeiro Valencia, de 53 anos, levantou um monumento em seu terreno lembrando o acontecido em La Unión há um ano. No alto de uma vara está a réplica em madeira do avião, ao lado de duas colunas de ladrilho. Uma delas está coroada com a roda do trem de aterrizagem e a outra com uma bola vazia. Os últimos objetos, garante Valencia, foram conseguidos por sua ajuda nos trabalhos de resgate.
– Isto é para lembrar, para que não nos esqueçamos deles. Porque com o tempo todos se esquecerão deste morro – disse à “AFP” este agricultor.
Mais cedo, a Chapecoense foi homenageada com uma placa e uma cápsula do tempo, contendo uma camisa, na Colômbia. O Governo de Antioquia e o Atlético Nacional, que decidiria a Copa Sul-Americana com os catarinenses, participaram de um evento para lembrar o acidente do voo da La Mia que levou 71 pessoas a morte há um ano. A homenagem aconteceu no parque em La Unión, cidade onde ocorreu a queda do avião.
Enquanto dois helicópteros da Força Aérea da Colômbia deixavam cair as pétalas de flores na praça, os nomes das vítimas foram lidos e imortalizados em uma placa, assim como dos seis sobreviventes Além disso, os colombianos guardaram uma camisa dentro de uma cápsula que será aberta apenas daqui a 40 anos.
Na cápsula, o Alético Nacional entregou lápis e papel para os assistentes escreverem mensagens de solidariedade à Chape e a depositarem no local que será aberto apenas daqui a quatro décadas. O presidente do clube, Andrés Botero Phillipsbourne, fez questão de destacar a união dos dois lados.
Fonte: Globoesporte.com