O estrago foi grande e poderia até ter sido pior. Segundo o presidente Marcelo Almeida, a invasão ao CT do Goiás, a qual considera ter sido premeditada por integrantes de torcida organizada, acabaria se tornando um “campo de batalha” caso mais jogadores estivessem presentes no local.
Como o elenco esmeraldino já havia treinado sábado pela manhã, à tarde os atletas não estavam mais no clube. O único presente na hora da confusão era o zagueiro Bruno Aguiar, que, lesionado, tratava com o fisioterapeuta Marcos Vinícius. Elyeser e Tiago Luís também fizeram uma sessão, mas foram embora mais cedo do que o companheiro que acabou agredido – no hospital, levou 11 pontos na boca.
– Naquele instante, havia apenas um atleta e um fisioterapeuta que tratava dele. De repente, se existissem mais pessoas presentes no local, talvez fosse transformado em um campo de batalha – afirma o dirigente.
Marcelo atendeu à imprensa para falar sobre o caso. A invasão ocorreu logo no segundo dia dele como presidente, já que assumiu no lugar de Sergio Rassi, que renunciou na sexta-feira.
Nesta segunda, o Goiás retomou as atividades e contratou uma empresa para fazer segurança armada tanto no CT Edmo Pinheiro como na Serrinha. O clube prestou queixa, e a Polícia Civil está investigando o caso. Segundo o delegado, será fácil identificar os invasores.
Veja outros tópicos abordados na entrevista:
Repúdio e punição
– A instituição Goiás Esporte Clube repudia esse tipo de atitude de forma veemente. As autoridades competentes foram contactadas e o Goiás vai cobrar que atitudes punitivas sejam tomadas contra os autores. Tenho certeza que serão reconhecidos e exemplarmente punidos pela lei.
Ato premeditado
– Foi formado um grupo, previamente à invasão. Nesse grupo existia a combinação para tal tipo de atitude. Entendemos que foi uma atitude mais ou menos premeditada.
Falsos torcedores
– O Goiás não reconhece essas pessoas como torcedores. Os verdadeiros torcedores ajudam o clube, não destroem.
Pânico
– Tanto o fisioterapeuta como o atleta Bruno Aguiar foram encurralados. Eles entraram em pânico, eu diria, diante de um grande número de pessoas que os encurralaram.
Reflexo em campo
– Os atletas já estão fragilizados e muito pressionados. Atitudes como essa podem, no meu entendimento, abalar o psicológico mais ainda. Atitudes como “queremos jogador”, “fora, fulano” ou “fora, beltrano”, fazem parte do futebol. Agora, agressões físicas e ao patrimônio, nós não toleramos.
Fonte: Globoesporte.com