Entre as várias interrogações que cercam o futuro de Neymar, uma coisa é certa: para tirar o brasileiro do Barcelona, será preciso pagar a cláusula de rescisão prevista em contrato, de 222 milhões de euros (R$ 812 milhões na cotação atual). Uma cifra astronômica, que quebraria várias marcas no mercado da bola.
Neymar se tornaria, por exemplo, o jogador mais caro da história e também quem mais movimentou dinheiro em transações. O Barcelona faturaria como ninguém em uma mesma janela de transferências e teria uma receita astronômica, mesmo nos padrões do futebol europeu. O PSG, por sua vez, possível destino do brasileiro, investiria só na contratação quase metade do que gastou na última temporada. E até o Santos, clube que revelou o atacante, sairia ganhando…
Os 222 milhões de euros (R$ 812 milhões na cotação atual) da cláusula de rescisão do contrato com o Barcelona fariam Neymar, de longe, o jogador mais caro da história do futebol. Hoje o posto é do francês Paul Pogba, que trocou a Juventus pelo Manchester United, em 2016, por cerca de 105 milhões de euros (pouco mais de R$ 370 milhões na época) – menos da metade do que o PSG pagaria.
Nenhum jogador movimentou tanto dinheiro em transações até hoje quanto Ángel Di Maria. O argentino, revelado pelo Rosario Central e com passagens por Benfica, Real Madrid e Manchester United antes de chegar ao PSG, já custou, em quatro transferências, 169,2 milhões de euros (pouco menos de R$ 620 milhões) – sendo a mais cara a ida à Inglaterra, por € 75 milhões.
Apenas o valor que o PSG teria que desembolsar para contratar Neymar seria suficiente para superar as cifras já movimentadas por Di Maria, mas, com os 88,2 milhões de euros que custou oficialmente a ida do Santos para o Barcelona, o total chegaria a 310 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão).
O mecanismo de solidariedade da Fifa garantirá 4% de uma eventual transferência de Neymar ao Santos. O clube brasileiro tem direito ao valor pelo período que o jogador vestiu a camisa alvinegra entre os 12 e 21 anos, sendo 0,25% pelas quatro primeiras temporadas e 0,5% pelas seis restantes.
Considerando os 222 milhões de euros, o Santos receberia então 8,8 milhões de euros (R$ 32,4 milhões), curiosamente, mais do que ganhou quando vendeu Neymar ao Barcelona em 2013.
O Monaco, até o momento, detém o recorde de clube que mais arrecadou com vendas em uma mesma janela de transferências, na temporada 2015/16, com 177 milhões de euros (R$ 647,8 milhões na cotação atual) na transação de nove jogadores – Anthony Martial, que foi para o Manchester United, o mais caro deles.
O valor seria batido apenas com a cláusula de rescisão de Neymar, mas ainda seria somado à transferência de Cristian Tello, já negociado por 4 milhões de euros (R$ 14,6 milhões) com o Betis, e com qualquer outra transação que o Barcelona venha a fazer nesta janela.
Entre os maiores faturamentos do futebol europeu em 2016, segundo o estudo Football Money League, da empresa Deloitte, apenas 14 superaram 222 milhões de euros: Manchester United, Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester City, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Juventus, Borussia Dortmund, Tottenham, Atlético de Madri e Schalke 04.
Clubes como Roma, Milan ou Internazionale de Milão, por exemplo, ficaram abaixo dessa marca em receitas. Já para o Barcelona, a eventual venda de Neymar representaria mais de um terço do total arrecadado no último ano – 620 milhões de euros (R$ 2,26 bilhões na cotação atual).
O mesmo estudo aponta que o PSG arrecadou 521 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão) em 2016, o sexto maior faturamento do futebol europeu. Apenas o valor que seria pago por Neymar representa, então, quase 43% de todas as receitas que o clube francês teve no último ano.
Para efeitos de comparação, o Flamengo foi o clube que mais faturou em 2016, com R$ 510,1 milhões, seguido por Corinthians (R$ 485,4 milhões) e Palmeiras (R$ 468,6 milhões).
Fonte: Espn.com