ntes de o Flamengo contratar Éverton Ribeiro, Vinicius Júnior, a principal joia da Gávea, tornou-se o assunto mais popular da Gávea. Depois que sua venda foi acertada para o Real Madrid – a maior do clube (R$ 154 milhões) –, então, o garoto passou a jogar. Quando reserva, a torcida pedia insistentemente seu nome. Fez bons jogos contra Botafogo, Sport, Atlético-GO e Ponte Preta. Outros abaixo, como no clássico contra o Fluminense, quando foi substituído no intervalo.
Ribeiro e Geuvânio chegaram, e as chances sumiram, sobretudo no time titular. Há três rodadas o panorama piorou: não fica nem no banco – foi relacionado pela última vez na vitória por 1 a 0 sobre o Vasco.
Antes do duelo com o Palmeiras (2 a 2), na última quarta-feira, Zé Ricardo foi perguntado por que havia preterido Vinicius nas duas partidas anteriores. Não deu maiores explicações.
– Está dentro do grupo. Não houve motivo especial para ele não ser relacionado. Ele está em desenvolvimento. Apresentou-se gripado, mas ainda não definimos isso, a lista de relacionados – disse, referindo-se ao jogo com o Palmeiras.
A reportagem entrou em contato com Rodrigo Caetano, diretor executivo e principal voz do futebol rubro-negro. Questionado se há algum planejamento específico a fim de preservar Vinicius, descartou tal possibilidade.
– Nenhum projeto além de prepará-lo cada vez melhor. A disputa interna por vagas nas devidas posições está cada vez mais acirrada. Apenas isso. Ele é jovem, com grande potencial e está amadurecendo rápido.
Rodrigo também não adiantou se vai liberá-lo para o Mundial Sub-17, previsto para ser realizado entre 6 e 28 de outubro, na Índia. Porém deixou claro que é praxe não segurar atletas em competições desse porte.
– Nem pensamos nisso ainda. Vamos aguardar, mas em Mundial normalmente precisamos liberar.
Curioso é que justamente o dinheiro da venda de Vinicius permitiu ao Flamengo investir R$ 22 milhões na contratação de Éverton Ribeiro, jogador que, automaticamente, diminuiu as chances do garoto.
Nas redes sociais, muitos torcedores se revoltaram tão logo a escalação e os reservas – sem a presença de Vinicius – foram anunciados na última quarta-feira. O fato de o técnico ter levado três pontas-direita para o banco (Berrío, Geuvânio e Gabriel) e nenhuma ponta-esquerda também chamou atenção. Outros protestaram quando Mancuello entrou no fim da partida.
Fonte: Globoesporte.com