Foi assim em 2013, repetiu-se em 2014 e voltou a acontecer em 2016. Há uma frase que a torcida atleticana costuma dizer que: “Se não é sofrido, não é Galo”. Parece que a certeza vinda das arquibancadas vem se tornando, mais uma vez, concreta nos gramados. A classificação para a final, bem encaminhada no jogo de ida com a vitória por 2 a 1, não tornou-se tão assim no Independência. Sempre ele como cenário. O Atlético-MG não jogou bem e sofreu, e muito – assim como sua torcida – para confirmar a vaga na decisão. A situação reviveu episódios de dramas atleticanos nos últimos anos.
O Galo precisava de um empate para conseguir a vaga. Conseguiu. Mas nada foi fácil. Com erros defensivos, o time saiu atrás, conseguiu o empate com Robinho, mas em uma falha de Victor, levou o segundo gol. Na segunda etapa, voltou a empatar com Lucas Pratto. Daí então, a torcida começou a rezar, o time afastar tudo que chegava ao setor defensivo e torcer para o relógio do árbitro marcar o tempo para o apito final. Alívio no Horto, abraços e emoção nas arquibancadas.
O sofrimento já havia ocorrido nas fases anteriores. Nas oitavas de final, foi com a Ponte Preta. No primeiro jogo, no Mineirão, empate por 1 a 1. Na volta, em Campinas, a Macaca abriu 2 a 0, e só uma igualdade poderia salvar o Galo. E foi justamente o que o time alvinegro conseguiu. Assim como no jogo contra o Inter, Robinho e Lucas Pratto balançaram as redes e garantiram a vaga.
Nas quartas de final, outro sofrimento reservado. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Juventude, no Mineirão, o Galo foi a Caxias do Sul precisando de uma outra igualdade. Mas com 30 segundos de jogo, o time alviverde abriu o placar. Dessa vez, não teve igualdade. A decisão foi mesmo para os pênaltis. Foi então que o “Santo Victor” apareceu novamente e pegou dois pênaltis.
As situações dramáticas se repetem na história recente do Atlético-MG. Na Libertadores de 2013, ninguém esquece o pênalti defendido por Victor contra o Tijuana, nas quartas de final, o gol aos 50 minutos de Guilherme contra o Newell’s e a queda de luz, nas semis, ou aquele gol de Leonardo Silva no fim do segundo jogo da final contra o Olímpia, no Mineirão, levando a decisão para a prorrogação. O Galo ganharia o título inédito nos pênaltis com mais defesas de Victor.
Em 2014, outros capítulos dramáticos. Na Recopa Sul-Americana, o time venceu o Lanús, da Argentina, no primeiro jogo, fora. No Mineirão, levou a virada do time argentino e teve que reagir para sair com mais um título. No mesmo estádio, conseguiu viradas épicas sobre Corinthians e Flamengo, nas quartas e semifinais da Copa do Brasil, respectivamente, chegando à decisão contra o maior rival e ganhando mais um título.
Chegou a hora de ir em busca do bicampeonato da Copa do Brasil. O Grêmio, tetracampeão do torneio, será o adversário. Mais sofrimento em vista? Ninguém sabe. A única certeza é que o atleticano está vacinado para qualquer situação que ocorrer.
Fonte: Globoesporte.com