A sentença da USADA (Agência Antidoping dos EUA) em relação ao doping de Jon Jones saiu nesta segunda-feira. O ex-campeão do UFC pegou um gancho de um ano, retroativo ao dia em que foi flagrado, e só poderá voltar aos octógonos em julho de 2017. O atleta ainda será julgado pela Comissão Atlética de Nevada.
Jones alegou que ingeriu uma pílula contaminada para melhora de desempenho sexual, e a USADA confirmou que o comprimido estava adulterado. Mas os árbitros do processo disseram que o atleta falhou em não pesquisar se a substância estava dentro dos padrões antidoping estabelecidos pela USADA e pelo código da WADA (Agência Antidoping Mundial). O lutador defendeu-se diante de três oficiais em julgamento na semana passada mas, mesmo assim, acabou recebendo a pena máxima. Jones testou positivo para hidroxiclomifeno, e também para metabólitos de Letrozole.
“Sua culpa se deve ao fato de ter sido descuidado (…) Seu uso imprudente dessa substância não irá lhe custar apenas um ano de sua carreira, como também um valor estimado em nove milhões de dólares. Com esse resultado, que o próprio lutador admite ter servido um toque de despertar, esperamos que os outros atletas do esporte fiquem alertas”, escreveram os árbitros, em documento que foi divulgado pelo site “MMA Fighting”.
Jon Jones, que vem colecionando episódios polêmicos nos últimos anos, tinha retorno ao octógono previsto para o UFC 200, dia 9 de julho. Ele lideraria o evento contra Daniel Cormier, em duelo válido pela unificação dos cinturões do peso-meio-pesado, no entanto, na semana da histórica edição, a notícia do doping veio à tona, provocando a retirada de “Bones” – que chorou ao pedir desculpas na coletiva concedida à imprensa – e foi substituído por Anderson Silva.
Confira a declaração oficial do UFC sobre o caso:
“O UFC está ciente da suspensão de um ano aplicada sobre Jon Jones como resultado de sua violação da Política Antidoping do UFC, decidida por um painel composto por três pessoas na segunda-feira, 31 de outubro. O UFC foi avisado de que a suspensão começou na quarta-feira, 6 de julho de 2016. Apesar de a decisão não indicar nenhuma evidência de que Jones usou substâncias banidas intencionalmente, são destacados o cuidado e diligência que exigidos por atletas competindo no UFC para garantir que nenhuma substância proibida esteja em seus sistemas”.
Fonte: Combate.com