A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quinta-feira (21), cinco mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso responsável por um prejuízo de R$ 15 milhões contra o INSS.
Segundo as investigações, o grupo causou, só em 2023, um prejuízo de R$ 3 milhões. A polícia calculou que tais práticas geririam uma fraude de R$ 56 milhões calculado com base na expectativa de vida dos segurados.
As principais irregularidades constatadas são:
- A concessão de benefícios sem agendamento ou sem registro no sistema gerenciador de tarefas do INSS (GET);
- Inclusão ou transferências de tarefas de forma indevida no sistema GET;
- Concessão de benefícios previdenciários já anteriormente negados, sem qualquer razão que justificasse, e com violação da norma que determina a redistribuição de recurso a pedido negado para o próprio servidor que o indeferiu;
- Concessão de benefícios sem requerimento ou agendamento pelos canais de atendimento, ou com violação das normas da Previdência Social;
- Antecipação de atendimentos ou concessão de pedidos sem a presença do segurado;
- Inserção de informações falsas nos sistemas informatizados do INSS e homologação de informações extemporâneas no CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais.
A polícia afirmou que as condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos no sistema informativo do INSS, entre outros, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
O nome da operação “GET FRAUD” remete ao sistema informatizado do INSS, em que foram praticadas diversas irregularidades (GET).
As investigações continuam, com análise do material apreendido, com objetivo de delimitação da atuação dos demais membros da organização criminosa.