Legenda: Servidores municipais, em assembleia, dão prazo à Prefeitura e optam por paralisação / Foto: Divulgação / Inácio Aguiar

Após fazer festa com aliados por retornar ao cargo de prefeito de Iguatu – principal cidade da região Centro-Sul do Estado – Ednaldo Lavor (PSD), que estava afastado desde 2022 por ter sido cassado pelo TRE-CE, se deparou com um caos administrativo que ele mesmo ajudou a construir. O resultado é o atraso dos salários dos servidores municipais, que ainda não receberam o mês de dezembro, um absurdo.

Lavor se apressou em fazer uma ‘live’ nas redes sociais para dizer que a culpa era do antecessor, Roland Bezerra, presidente da Câmara Municipal que, por norma legal, assume o comando do Executivo em caso de cassação do prefeito e do vice, como foi o caso.

O curioso é que os dois, até recentemente, eram aliados e faziam parte do mesmo grupo político. Agora, disputam um jogo de empurra, cujo maior prejudicado é o povo de Iguatu. A sorte de ambos é que no Brasil (a maioria de) quem faz baderna com o dinheiro público, ao invés de ir preso, tem foro privilegiado.

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Diante do caos, os servidores da Cidade se organizaram para cobrar um cronograma para o pagamento e agora contam com um aliado: o Ministério Público Estadual.

O órgão, responsável por fiscalizar o cumprimento da lei, decidiu instaurar uma “notícia de fato” para apurar as informações fornecidas pelos servidores na segunda (8) sobre o atraso dos salários. “O objetivo é colher mais informações para subsidiar a atuação do órgão ministerial”.

A medida é inicial, mas precisa avançar rápido, para reparar minimamente a bagunça administrativa em um dos maiores municípios do Estado. Lamentável.

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