Tendo em visto o potencial de produção de energia solar no Estado, a Órigo Energia chega ao Ceará com previsão de investir R$ 800 milhões até 2024. A empresa, líder no País em geração compartilhada de energia, já possui usinas em diferentes fases de implantação em 30 municípios cearenses.
Cada projeto possui potência instalada de 2 a 5 MW, devendo totalizar 150MW nos próximos dois anos. O volume é o dobro da potência que a empresa já possui em operação nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco.
As fazendas ainda devem gerar 500 empregos diretos e 1 mil indiretos até 2023.
O CEO da companhia, Surya Mendonça, explica que a Órigo ENergia atua no segmento de geração distribuída focando em clientes residenciais e pequenas e médias empresas.
No modelo compartilhado de geração de energia, em vez de cada consumidor instalar a própria usina, eles “alugam” cotas de uma fazenda remota construída pela intermediadora, no caso a Órigo.
“Nós construímos as fazendas solares, as conectamos à rede distribuidora, e cada cliente tem uma cota que gera sua própria energia. Nesse modelo de aluguel, eles conseguem economizar cerca de 10%”, esclarece.
Ele argumenta que, apesar da instalação da própria usina gerar economias mensais maiores em alguns casos, a vantagem do compartilhamento é justamente a não necessidade de um investimento significativo para a implantação dos painéis.
A partir da adesão, os clientes passam a receber os pacotes de energia solar contratados em suas residências ou negócios diretamente pela rede de distribuição local.
Os contratos, segundo Mendonça, são de curto prazo e podem ser ajustados conforme mudanças no consumo do cliente, seja para mais ou para menos.
“Nós pedimos algum comprometimento, alguma garantia, mas o cliente adere se ele acha que é interessante e possui um prazo para sair. A gente quer ter clientes felizes e não clientes presos”, ressalta.
PLANOS PARA O CEARÁ
Mendonça revela que a Órigo vem analisando e planejando a chega ao Ceará por anos e espera que, quando consolidada, a operação se iguale ao maior mercado que a empresa possui, atualmente em Minas Gerais, onde já atuam há cinco anos e acumula mais de 50 mil clientes.
“O Ceará sempre esteve nos nossos planos. Começamos a trabalhar há alguns anos para ter os movimentos certos e, agora, lançamos nossos projetos. Somos líderes de mercado e esperamos replicar esse modelo aqui”, destaca.
O planejamento da empresa é que até o fim deste ano as primeiras usinas já entrem em operação. O executivo, no entanto, não revelou onde os projetos estão sendo construídos, o número exato e a projeção do número de clientes para este primeiro momento.
Ainda assim, ele indica que as fazendas devem ficar espalhadas por todo o Interior do Estado, em pequenas cidades onde o investimento acaba causando maior impacto econômico, especialmente durante o período de construção, que costuma durar seis meses.
Diário do Nordeste