Três estudantes cearenses subiram no pódio da 50ª Olimpíada Internacional de Química, realizada neste fim de semana em Praga, capital da República Tcheca. Ivna de Lima Ferreira Gomes (17 anos), João Víctor Moreira Pimentel (16) e Orisvaldo Salviano Neto (17) ficaram com ouro, prata e bronze, respectivamente. Os três são de Fortaleza.
Vinícius Figueira Armelin, de 16 anos, de São Bernardo do Campo, levou também uma medalha de ouro. Ivna de Lima e Vinícius Figueira foram os primeiros brasileiros vencedores de uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Química.
“É uma emoção muito grande, é muito louco na verdade porque a gente nunca tinha tido uma medalha de ouro e trazer essa medalha e ainda a do meu colega junto – são duas medalhas de ouro de uma vez – é uma coisa incrível”, comemotou Ivna, após a conquista. Ela espera que a vitória seja um estímulo para outros estudantes.
“Que essa medalha abra portas para que outros estudantes de escolas particulares e escolas públicas possam vir representar o Brasil nessas competições e que possam trazer mais medalhas de ouro. Essa medalha não é nossa, é de todos os estudantes que se interessam pela ciência e pelo conhecimento.”
Orisvaldo Salviano, vencedor do bronze, já havia tentado uma vitória na Olimpíada antes. Ele conta que persistiu nos estudos até até a conquista. “Estudei, estudei, estudei, tentei vir pra [Olimpíada] Internacional a primeira vez e não consegui. Tentei de novo e na segunda eu consegui e estou aqui.”
76 países
Participaram da competição 304 estudantes de 76 países, organizados em times de quatro. Eles foram avaliados por meio de provas prática e teórica individuais, cada uma com duração de 5h30min.
O teste prático contou com três exercícios – síntese de composto orgânico; análise química de água mineralizada característica da região e uma questão de cinética química. A prova teórica contou com oito exercícios enunciados em uma brochura que continha 57 páginas.
“A Olimpíada de Química tem sido uma ferramenta altamente eficiente para cativar o interesse científico de jovens brasileiros, que, medalhistas, tornam-se uma referência positiva para todos os demais estudantes. Estamos muito orgulhos de nossa equipe e dessa conquista grandiosa para o país”, afirma o Reitor da Universidade Federal do Piauí, José de Arimatéia Lopes, líder da equipe brasileira.