Partidos negociam para lançar nomes ao Senado. (FOTO: Senado Federal/Flickr)

Se por um lado ao Governo do Ceará nas eleições deste ano já estão definidas com as pré-candidaturas de Camilo Santana (PT), General Theóphilo (PSDB) e Ailton Lopes (PSOL), por outro, a disputa pelas duas vagas ao Senado, tanto pela situação quanto pela oposição, segue incerta.

Nem mesmo o mega bloco com 25 partidos em torno da reeleição de Camilo Santana chegou a apresentar nomes para a disputa. Apesar do atual governador e o senador Eunício Oliveira (MDB) ensaiarem uma aliança nos últimos meses, a declaração do ex-governador Cid Gomes de que não aprova a chapa com Eunício caiu como um balde de água fria nos planos do emedebista.

Cid Gomes tem afirmado também que a chapa encabeçada pelo PT, de Camilo Santana, só deve lançar um nome para o Senado e que essa candidatura deve ficar com o PDT, partido do ex-governador. O que se especula é que, diante da rejeição dos Ferreira Gomes a Eunício Oliveira, uma aliança informal pode estar sendo arquitetada em torno do emedebista.

O ex-governador reafirmou a opinião contrária sobre coligação com o MDB, no Ceará, por acreditar que isso prejudicaria o irmão, Ciro Gomes, colocando-o em dificuldade na candidatura à Presidência. “A minha opinião pessoal é de que o PDT coligar-se ao MDB porá o Ciro numa situação de incoerência”, disse em entrevista ao Jornal O Povo.

O próprio ex-governador, inclusive, teve seu nome veiculado como possível candidato ao Senado. Mas ele já declarou que a definição sobre sua candidatura depende de possíveis alianças que beneficiem os pleitos de Ciro Gomes à Presidência da República e a reeleição de Camilo Santana ao Governo do Estado.

“Nós, dentro do que for importante pra eleição do Ciro, pra candidatura do Ciro a presidente, pra candidatura do Camilo, tanto alianças como a minha própria possibilidade de ser candidato ou não, estarão a segundo plano voltado para essas preocupações maiores”, esclareceu Cid Gomes.

Ainda no próprio arco de alianças em torno da candidatura a reeleição de Camilo Santana, o PT pretende lançar candidatura ao Senado. Nomes como Luizianne Lins e José Guimarães, hoje deputados federais, e o atual senador José Pimentel, são cotados para a disputa.

Em quadro semelhante de indefinição está a oposição. A coligação PSBD/Pros ainda não tem nomes definitivos para a disputa de cadeiras no Senado. O Pros tem, em seu quadro, o deputado estadual Capitão Wagner, que tem sido um dos principais interlocutores, mas que deve se candidatar a deputado federal. No entanto, segundo o próprio deputado, o partido já tem alguns nomes cotados para o pleito.

“Pela composição que a gente tem hoje, o Pros deve indicar um nome ao Senado. Nós temos muitas opções dentro do partido, temos o deputado Vitor Valim, o Roberto Mesquita, o Dr. Ciro, o Alexandre Damasceno, o próprio Coronel Plauto, Luís Eduardo Girão e acredito que vá ficar entre esses candidatos”, disse Capitão Wagner.

Já o PSDB também não definiu um nome do partido para a disputa da outra vaga ao Senado pela coligação com o Pros, explica Capitão Wagner.

“Então essa definição é do PSDB, cabe ao PSDB, logicamente que a gente participa, a gente é parceiro e conversa, o nome que for indicado pelo PSDB logicamente fará composição com o nosso. Se for realmente essa composição, se não, a do PSL tem também nome que querem colocar na mesa de negociação pra tentar viabilizar a chapa”, disse o deputado.

A indefinição sobre os candidatos ao Senado deve seguir até o mês de agosto, quando se encerra o prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização das convenções partidárias e o registro das candidaturas.

Nordeste Notícia
Fonte: Tribuna do Ceará

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