Policial militar agride homem durante abordagem em Sobral, no Ceará. — Foto: Reprodução
Policial militar agride homem durante abordagem em Sobral, no Ceará. — Foto: Reprodução

O policial militar Daniel Monteiro Batista, que agrediu um jovem em uma abordagem em Sobral, é investigado em inquéritos por dois casos de abuso de autoridade. Ele foi filmado agredindo o rapaz de 18 anos, nesta quarta-feira (4).

Gabriel foi abordado, rendido e agredido na frente da mãe e do padrasto. Uma câmera de segurança gravou o momento em que quatro policiais (três homens e uma mulher) passam em frente ao comércio da família da vítima.

Ao perceber a presença dos agentes, o rapaz xingou a equipe. Logo em seguida, um dos militares, Daniel Monteiro Batista, rendeu o jovem e o agrediu com vários socos.

A Polícia Militar informou que instaurou um procedimento para apurar o fato e afastou o policial agressor das funções operacionais.

“A Corporação não compactua com nenhum desvio de conduta de seus integrantes, bem como, preza, incansavelmente, pela dignidade da pessoa humana e o respeito a todos, especialmente quando da realização de suas ações”, disse a PM.

Celular quebrado

 

Mãe afirma que o filho teve o celular quebrado por agente momentos antes de ser agredido pelo PM, em Sobral. — Foto: Arquivo pessoal
Mãe afirma que o filho teve o celular quebrado por agente momentos antes de ser agredido pelo PM, em Sobral. — Foto: Arquivo pessoal

Gabriel teve o aparelho celular quebrado por um dos agentes momentos antes da agressão, segundo a mãe da vítima.

“Eles [policiais] abordaram meu filho, viram que ele não estava com nada, aí perguntaram de onde ele vinha. Ele falou que vinha de uma entrega de amaciante a sabão. Os policiais pediram para ele desbloquear o celular, aí ele disse que não ia desbloquear porque todo dia era abordado e tinha o celular desbloqueado. Aí no momento de ódio do policial, não sei, ele [militar] pegou o telefone do meu filho, jogou na parede e não satisfeito arremessou no segundo andar de uma casa”, disse Franciele Santos Cunha.

Conforme Franciele, quando o adolescente o filho respondeu a atos infracionais por porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal. Porém, depois dessas ocorrências, ele não se envolveu em outros delitos e trabalhava como entregador no comércio da família.

“Por isso ele teve aquela reação. Não estou defendendo ele, porque se ele errou, se ele desacatou a autoridade, a possibilidade do policial era ter feito o quê? Algemado ele e levado para a delegacia, porque lá ele ia responder por desacato e eu ia levar a prova do que eles fizeram com o celular dele”, afirmou a mãe.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que investiga a ocorrência no âmbito administrativo.

g1

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