Legenda: Taxa de ocupação de UTIs no Ceará é de 69% e de enfermarias chega a 42%
Foto: Kid Junior

Os números em meio a uma pandemia, à exceção da quantidade de recuperados, nunca são positivos, mas podem indicar que as medidas preventivas estão no caminho correto. No Ceará, dados do Integra Sus, da Secretaria da Saúde (Sesa), mostram que a média de pessoas que manifestaram os primeiros sintomas da Covid-19 caiu 64% entre a primeira e a segunda semana de julho – indo de 664, de 1º a 7 deste mês, para 235 por dia, do dia 8 ao 14.

Recortando apenas Fortaleza, a queda foi menor, mas expressiva. Na primeira semana deste mês, a Capital registrava, em média, 117 novos casos do novo coronavírus todos os dias; e a quantidade caiu mais da metade: entre os dias 8 e 14 de julho, cerca de 49 fortalezenses por dia apresentaram sintomas da nova virose, representando uma redução de 58% em uma semana.

O Ceará já contabiliza 141.832 casos confirmados da Covid-19, dos quais 7.081 evoluíram para óbito. Mais de 115 mil pessoas já se recuperaram da doença no Estado, e 72.592 casos seguem em investigação pela Sesa. Em Fortaleza, a soma de confirmações atingiu a marca de 38.754, das quais 29.102 já tiveram alta hospitalar ou evoluíram para cura. O número de óbitos pelo Sars-CoV-2 na capital cearense, até as 17h20 dessa quarta-feira (15), era de 3.553.

A quantidade de vidas perdidas para o novo coronavírus todos os dias – uma das principais determinantes para o avanço das fases do plano de retomada das atividades econômicas – oscila, mas também tem tendência de redução. Entre 1º e 7 de julho, o Ceará registrava uma média diária de 42 mortes, que caiu para 29, se considerado o período entre 8 e 14 deste mês. Na Capital, a média era de sete óbitos por dia, na primeira semana, e caiu para 5,4, na segunda. O ideal, contudo, é que os dígitos zerem.

A menor procura de pacientes por Unidades de Pronto Atendimento (UPA) também é um dos principais fatores avaliados pelo poder público para o controle da pandemia. Em todo o Estado, cerca de 78 pacientes procuravam as UPAs todos os dias com sintomas gripais, na primeira semana de julho; já na segunda, o número caiu para 68. Em Fortaleza, o indicador caiu de 30 para 25.

Enquanto houver circulação do vírus, porém, deve haver cautela. Mesmo com a visível redução, “ainda há transmissão residual de casos, o vírus circula”, como reforça Antonio Lima, gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza. O especialista destaca que a “média móvel de novos casos” da Covid-19 na Capital é cerca de 95% menor do que a medida no pico da pandemia na cidade, “quando tivemos mais de 800 casos por dia”.

Leitos

Atualmente, cerca de 850 pacientes permanecem ocupando leitos de UTI para tratamento contra o novo coronavírus, em todo o Estado, mais de 250 deles somente em Fortaleza. Nas enfermarias, os números são ainda maiores: mais de 1.200 cearenses estão internados, cerca de 380 deles na Capital. Os dados são do IntegraSUS, referentes ao dia 14 de julho. A taxa de ocupação de UTIs no Ceará, até a última atualização da plataforma, ontem (15), era de 69,26%; e de enfermarias, 42%.

A melhora constante dos índices de novos casos, óbitos, internações, ocupação de leitos de UTI e taxa de transmissão é indispensável para avanço da reabertura de setores. “Se os indicadores continuarem como estão, os números caindo, a procura assistencial diminuindo, Fortaleza entrará na quarta fase, mas sem aulas presenciais, cinemas, bares, academias nem shows”, destacou o governador Camilo Santana. “Especialistas sugeriram essa prevenção para que não ocorra no Ceará o que tem ocorrido em outros locais, que abriram determinadas atividades e precisaram fechar novamente, sob grande risco de transmissão”.

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste

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