Manifestantes se reuniram no início da noite desta quarta-feira, 8, no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Virgílio Távora, em um ato de protesto contra a ADPF 442, proposta que pede a exclusão do Código Penal dos artigos 124 e 126, que definem como crime a interrupção da gravidez tanto para a mulher, quanto para quem a ajuda a abortar.
A descriminalização do aborto está em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), e era contra a exclusão dos artigos que o grupo, reunido nesta quarta em Fortaleza, protestava. Entregando panfletos e bonequinhos em formato de um bebê, as pessoas aproveitavam o sinal vermelho para conversar com motoristas e passageiros dos carros que transitavam pelas duas avenidas.
O “Ato em favor da vida” foi organizado pelo Movimento pela Vida e Não Violência (Movida), e reunia manifestantes que não reinvindicam o direito à vida apenas do bebê, mas também da mãe. “Nós acreditamos que a morte não seria uma solução, mas a vida das duas e políticas públicas melhores para cuidar deles”, disse Thyara Fontenele, uma das manifestantes. “Viemos pedir apoio público e também informar às pessoas sobre o que está acontecendo no STF, explicando o que é a ADPF 442, para que o público participe também e possa reinvindicar os direitos pela vida”, concluiu ela.
Grupo distribuía panfletos como parte do ato (Foto: Izadora Paula/Especial para O POVO)
Fabiano Farias, do Movida, em conversa com O POVO Online, explicou que o movimento entende que é inconstitucional a atitude do Supremo. “O STF não tem o poder de legislar. Essa ação saiu da Casa Legislativa, que é a casa do povo. Nós temos uma maioria, já comprovada por estatísticas, em que 80% do povo brasileiro é contrário ao aborto. Numa última estimativa que tivemos, pesquisa feita aqui no Ceará mostra que 92,7% dos cearenses são contrários ao aborto. 11 ministros não podem responder por 80% da população. Essa situação não pode continuar no STF, ela tem que ir para a casa do povo e o povo tem que se manifestar. É isso que estamos fazendo aqui hoje, dizendo sim à vida”, disse Fabiano.
Embora a organização não tenha reconhecido nenhum posicionamento político, afirmando que o Movida é suprapartidário e suprarreligioso, havia a presença da equipe do deputado estadual Carlos Matos (PSDB)George Mazza, pré-candidato a deputado estadual e de Luís Eduardo Girão (Pros), pré-candidato ao Senado Federal. “Não é só a vida do bebê que é destruída, a vida da mãe também é devastada. A ciência e as estatísticas comprovam que a mulher que faz o aborto fica com propensão à problemas de ordem psicológica, mental e física. Estamos querendo levar essa informação para as pessoas, levar esse esclarecimento, para poupar vida e poupar sofrimento das mulheres”, afirmou Eduardo Girão.
O Movida já se prepara para realizar a 10ª edição da Marcha pela Vida Contra o Aborto. O evento este ano traz o tema “A vida não tem defeito” e acontecerá no dia 22 de setembro, a partir das 16 horas, no aterro da Praia de Iracema.
A iniciativa, que faz parte do calendário anual de eventos de Fortaleza, vai reunir pessoas que defendem o direito à vida desde a concepção e são contrárias ao aborto. O objetivo é informar sobre as ações que visam legalizar o aborto no país.
Por Izadora Paula/O Povo
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