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Apesar da melhora no índice de CVLIs, o ano de 2018 já teve mais chacinas do que todo o ano de 2017. Somente em julho, foram duas matanças. ( Foto: Kid Júnior )

O número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) – homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios – diminuiu, em todas as regiões do Ceará, em julho deste ano, em relação a igual período de 2017. No Estado, houve uma redução de 20,3% no índice. Os números foram repassados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em coletiva de imprensa realizada ontem.

A Pasta contabilizou 378 assassinatos, em julho último, contra 474 registrados em igual mês do ano passado. A maior queda foi registrada na Capital, 29,3%: foram 130 mortes neste ano, enquanto 184 pessoas foram assassinadas em 2017.

No mesmo comparativo, a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou redução de 23% no número de homicídios; no Interior Norte, a queda foi de 10%; e no Interior Sul, 3,1%.

Nos sete primeiros meses do ano corrente, a SSPDS registrou 2.758 CVLIs. Em igual período de 2017, o número acumulado de mortes violentas foi de 2.773. Com isto, a Pasta pode celebrar a redução de 0,5% de homicídios em 2018.

Entre as regiões, Fortaleza e o Interior Sul apresentam diminuição no número de mortes violentas, no acumulado deste ano: 15,6% e 8,8%, respectivamente. Em contrapartida, o Interior Norte apresenta acréscimo de 24% nos assassinatos e a RMF, crescimento de 12,5%.

Apesar da melhora no índice de CVLIs, o ano de 2018 já teve mais chacinas do que todo o ano de 2017, quando 28 pessoas foram mortas em seis matanças. Nos últimos sete meses, 48 pessoas foram assassinadas em sete massacres no Estado – sendo 14 delas no episódio que ficou conhecido como Chacina das Cajazeiras, a maior matança já ocorrida no Estado.

O secretário da Segurança Pública, André Costa, afirmou que “as chacinas são situações pontuais”. “Mas, nos dados gerais, há uma redução de homicídios. Em Fortaleza, a redução já supera os 15% nos sete primeiros meses do ano em relação aos de 2017, o que é um valor considerável”, justificou.

Somente no mês de julho, ocorreram duas chacinas no Ceará. No dia 13, cinco homens foram amarrados e mortos, no Município de Palmácia. Quatro suspeitos de participarem da matança foram presos pela Polícia. No dia seguinte, 14, o massacre ocorreu em Quiterianópolis: quatro pessoas da mesma família foram mortas, mas ninguém foi detido por este crime.

Tráfico de drogas

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O titular da Pasta destacou ainda que a maioria das pessoas assassinadas em Fortaleza era envolvida com drogas. “Em 2017, em um estudo de vitimização em que a gente entrevistou familiares das pessoas que foram mortas na Capital, ficou demonstrado que cerca de 85% daquelas pessoas tinham algum histórico com drogas. Ou eram traficantes ou eram usuários”, ressaltou.

 

Segundo André Costa, aumentou o envolvimento de mulheres com o tráfico de drogas, o que repercute também no crescimento de homicídios e de prisões contra o público feminino: “Em 2017, somente por crimes mais grave como homicídio, latrocínio, roubos, tráfico, porte ilegal de arma, houve um aumento de aproximadamente 30% no número total de prisões efetuadas pela Polícia do Estado. Mas quando a gente vê esse mesmo dado relativo às mulheres, esse aumento chegou a quase 70%. Há um aumento na quantidade de mulheres participando de crimes, e assassinadas”.

Ações

A diminuição no número de homicídios, em 2018, é atribuída por André Costa às ações preventivas realizadas pelas polícias Civil e Militar no Estado. Segundo ele, a Inteligência da Secretaria está mapeando as áreas onde há a maior incidência de crimes e identificando as estruturas criminosas dessas regiões.

Uma das ações preventivas adotadas pela Secretaria foi implantar bases policiais fixas em locais onde havia um alto índice de violência na Capital. O equipamento, com policiamento 24h, foi instalado nas comunidades do Jardim Castelão, Babilônia e Gereba, no bairro Passaré; no Sossego, no Quintino Cunha; e na Verdes Mares, no Papicu; na Lagoa do Urubu, no Álvaro Weyne; além dos residenciais Alameda das Palmeiras e José Euclides Ferreira Gomes situado no Grande Jangurussu.

Roubos e furtos

Os dados apresentados pela Secretaria da Segurança também mostraram uma queda no número de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) – roubos – e de furtos, no Estado, neste ano.

Em julho deste ano, foram registrados 5.325 roubos no Ceará, contra 6.778 em igual período de 2017, o que representou uma redução de 21,4%. No acumulado de 2018, foram 39.221 CVPs. Nos sete primeiros meses do ano passado, o acumulado foi de 45.313 roubos. No comparativo, a diminuição do índice, apresentada neste ano, foi de 13,4%

Já o número de furtos registrados em julho no Estado foi de 5.067, contra 5.557 contabilizados em julho de 2017, caindo 8,8%. Nos sete primeiros meses do ano corrente, o número somado de furtos é de 31.842, contra 34.424 ocorrências em igual período do ano passado, representando uma redução de 7,5%. (Colaborou Alessandra Castro)

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