Em julho, 119 equipes de alunos cearenses participarão da final da Olimpíada Nacional em História do Brasil. O total representa 38% das equipes de todo o Brasil. Entre os números do Estado, cinco grupos são da rede pública de ensino. Um deles reúne estudantes da Escola de Ensino Médio Liceu do Conjunto Ceará, que descobriram na pesquisa e na história uma nova forma de ver o futuro.
O professor de história Fabiano da Silva Sousa explica que um dos diferenciais da competição é que os alunos são incentivados a pesquisar. “Eles têm uma semana para pesquisar a resposta das questões. Os alunos fazem papel de historiadores mesmo, incentivando o gosto pela pesquisa”, detalha.
A olimpíada motiva, assim, o debate entre alunos e professores, a desconstrução do que parecia sólido enquanto ensino, a possibilidade de trabalhar em equipe. “Os alunos muitas vezes até contestam o professor em algumas respostas. Sempre nessa ideia de que o debate nos leva à conclusão”, afirma Fabiano.
História brasileira
Entre as questões da olimpíada, a história dos mineradores de Roraima, a tradição regional do Mato Grosso do Sul, a festa de candomblé da Bahia. “A história brasileira que a gente vê nos livros é muito paulista e carioca. E essa história que eles vão atrás é realmente nacional, de cada canto do Brasil”, explica o professor.
Para Ingrid Araújo, 16, o espírito olímpico incentiva mais conhecimento. “A gente vem se preparando há muito tempo, com aulões, lendo… éramos 32 equipes aqui no Liceu e todo mundo se ajudou muito. Levar o nome da escola pública é um orgulho. Sabemos a qualidade do ensino, a preocupação dos professores com a gente, o incentivo”, diz.
A final da olimpíada acontece, desde 2009, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo.
Serviço
Os alunos do Liceu do Conjunto Ceará fazem campanha em busca de recursos para participação na olimpíada
Olimpíada de Química terá 5 cearenses
Cinco estudantes do Ceará participarão da Olimpíada Internacional de Química, que será em julho, na Tailândia, e em outubro, no Peru. Eles participam de aulas de reforço do Laboratório de Química da Unicamp, em São Paulo, desde segunda-feira, 26. Eles são alunos dos colégios Master, Ari de Sá e Farias Brito. Na foto, os cinco cearenses: Lígia Oliveira, Orisvaldo Salviano, Ivina de Lima, João Victor Moreira e Celso Renan Barbosa.
Nordeste Notícia
Fonte: O Povo