Dois alunos foram expulsos da Universidade Federal do Ceará (UFC) após envolvimento em casos de assédio no Campus de Quixadá, no interior do estado. Essa foi a primeira vez que a instituição desligou alunos por esse tipo de acusação.
Os casos de assédio ocorreram em 2024 e envolveram outras estudantes. As vítimas formalizaram denúncia na administração do campus contra os agressores, ambos do sexo masculino, no segundo semestre do ano passado.
A expulsão veio após instauração de comissões, compostas por servidores e discentes da unidade acadêmica, que apuraram os fatos e definiram o procedimento
Após as denúncias, foram criadas comissões internas para analisar os casos e, diante da gravidade das ações, foram emitidos pareceres favoráveis ao desligamento dos agressores. Em seguida, os processos foram analisados quanto à conformidade às legislações e normas da UFC e, ao final, os desligamentos foram sancionados pelo reitor.
Punições inéditas
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Anteriormente, as punições mais severas aplicadas em caso de assédio sexual, conforme o regimento da UFC, eram de, no máximo, três meses de suspensão. Isso ocorria, em maior parte, pela ausência de determinações específicas a respeito nos normativos da UFC.
“Acho que os casos nos ajudaram a perceber a importância de se regulamentar minimamente o passo a passo para casos como esses”, afirma João Vilnei, coordenador do Núcleo de Comunicação do Campus da UFC em Quixadá.
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