
A EEMTI Professor Paulo Freire, que funciona há mais de 20 anos no mesmo prédio, localizado no bairro Henrique Jorge, em Fortaleza, recebeu um comunicado de desocupação até o dia 1º de julho. O motivo da saída é que a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), proprietária do imóvel, decidiu vender o prédio.
A Secretaria da Educação (Seduc) alugava o espaço da CNEC há mais de duas décadas, mas diante da falta de acordo entre as partes sobre a venda do imóvel surgiu o impasse. A informação foi revelada por professores e pais de alunos da instituição.
Embora a Seduc não tenha confirmado oficialmente o prazo de desocupação, a Secretaria afirmou que está em negociações com a CNEC para viabilizar a permanência da escola no local.
Segundo o professor Andreyson Mariano, os alunos seriam transferidos para o prédio do CAIC Raimundo Gomes de Carvalho, situado a cerca de 500 metros da escola atual. No entanto, ele alerta que o espaço do CAIC é pequeno e precário, com problemas de água e eletricidade. Pais de alunos também expressaram preocupação com a segurança dos filhos no novo local, o que levanta receios quanto ao aumento da evasão escolar.
“A comunidade escolar e pais não concordaram e tem feito manifestações e vídeos pedindo que o governador negocie com a CNEC a compra do prédio e nos deixe aqui”, ressalta o professor.
Pais, alunos e professores são contra desocupação
Na manhã desta terça-feira (10), pais, alunos e professores se reuniram em um ato contra a desocupação do prédio. Com cartazes que diziam “Governador Elmano, não nos retire daqui” e “Paulo Freire, nosso prédio, nossa história”, a comunidade escolar manifestou seu desejo de permanecer no local.
Segundo o professor Andreyson, o atual prédio representa um espaço de memórias afetivas e também oferece uma estrutura adequada tanto para os alunos quanto para a comunidade, que utiliza as dependências da escola para atividades de lazer.
A notícia sobre a desocupação surpreendeu muitos pais, incluindo Leonilia dos Santos Silva, mãe de uma aluna. “Tomei um susto muito grande e fiquei chocada com toda essa situação“, declara.
g1