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O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) está investigando um deputado estadual que teria envolvimento com um esquema de funcionários fantasmas em seu gabinete. O deputado Júlio César Filho afirma segue trabalhando para “manter compromissos com os cearenses” e diz colaborar com o MP (veja mais abaixo sobre o posicionamento do parlamentar).
De acordo com as investigações, o esquema seria de repasse de salário de assessores parlamentares para quitação de uma dívida feita pelo deputado com um advogado, que também atuaria como agiota. O nome do deputado não foi divulgado.
Na ação, que contou com apoio da Polícia Civil, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão contra servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O caso está sob sigilo.
Como esquema funcionava
Conforme investigação, o deputado estadual realizava empréstimos financeiros perante um advogado que atuava como agiota. Depois, o deputado oferecia cargos de assessor parlamentar no gabinete dele para o advogado indicar nomes.
Em troca, os assessores “fantasmas” indicados pelo advogado e lotados no gabinete do deputado repassavam ao advogado parte dos salários recebidos de forma a pagar as dívidas feitas pelo deputado.
Os mandados foram cumpridos nas residências dos suspeitos, localizadas nos municípios de Fortaleza e Maracanaú, resultando na apreensão de celulares, computadores e documentos que irão ajudar na investigação.
Mesmo sem ser citado pelo MP, o deputado Júlio César Filho (PT), no entanto, divulgou uma nota nesta terça-feira (21), afirmando que não foi alvo de nenhuma operação conduzida pelo MP.
“Sigo trabalhando, com o compromisso irrefutável, de defender os cearenses com transparência e seriedade, marcas que tenho construído em toda a minha trajetória. Estou à disposição para colaborar com o Ministério Público e a Justiça, caso seja necessário.”, escreveu o parlamentar nas redes sociais.
g1