O advogado Josimar Freire Nascimento Júnior foi solto pela Justiça Estadual, em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (4), no dia seguinte à sua prisão na Unidade Prisional Itaitinga IV (UP-IV), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Por outro lado, foi decretada a prisão preventiva de Luís Ernando Cabral Brito, já preso por outro crime. A dupla foi flagrada com 7 gramas de maconha.
O juiz Edisio Meira Tejo Neto, que atuava no Plantão do 4º Núcleo Regional (Caucaia), considerou que o advogado preso “é primário e não possui antecedentes. Apresenta endereço certo e profissão definida. Apesar da gravidade do delito em tese, não verifico a presença dos elementos que indiquem a indispensabilidade da prisão cautelar”.
Portanto, não verifico nos autos elementos que ensejem, no presente momento, a privação da liberdade do autuado, posto que não representa uma ameaça à finalidade útil do processo penal ou perturbação ao desenvolvimento da investigação criminal, revelando-se devida e suficiente a imposição de medidas cautelares alternativas.”
EDISIO MEIRA TEJO NETOJuiz de Direito
A prisão em flagrante de Josimar Freire Júnior foi convertida em liberdade provisória, com aplicação das seguintes medidas cautelares:
- Proibição de acesso às unidades prisionais;
- Proibição de manter contato com o outro réu e testemunhas indicadas no inquérito policial ou processo judicial;
- Proibição de mudar de endereço sem comunicação judicial prévia;
- E comparecer a todos os atos do processo.
No caso de Luís Ernando, o magistrado considerou que “a prisão preventiva decretada com fundamento na garantia da ordem pública funciona como um instrumento indispensável a favor da Justiça para conter a reiteração de condutas criminosas, sempre que restar demonstrado que a liberdade do agente importa perigo à sociedade”. O suspeito possui antecedentes criminais por tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de arma de fogo.
O advogado Josimar Freire Júnior atendia o cliente, na tarde da última quarta-feira (3), quando policiais penais suspeitaram do atendimento, abordaram o preso e encontraram 7 gramas de maconha com ele.
Levados à Delegacia de Narcóticos, da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), o advogado afirmou que desconhecia a origem da droga e ressaltou que o entorpecente não foi encontrado com ele nem foi localizado qualquer ilícito em seu veículo, que passou por vistoria dos policiais penais logo depois. Já o detento alegou que a droga já se encontrava no parlatório, quando ele chegou e apenas pegou o pacote, sem conhecer a origem.
Diário do Nordeste