Revertendo a tendência verificada nos últimos dois anos, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou para este mês de fevereiro no Ceará o saldo positivo de 64 contratações formais.
O estado vinha de dois anos seguidos acumulando saldo negativo para o mês. Em 2016, as demissões superaram as admissões com carteira assinada em 4.171. Já em 2015, em 2.027.
Nacional
O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira (16) que em fevereiro foram criados 35,6 mil postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Foi a primeira vez, em termos nacionais, que contratações superaram as demissões desde março de 2015. Em fevereiro de 2016, foram eliminados 104 mil postos de trabalho.
Os dados do Caged geralmente são divulgados pelo Ministério do Trabalho, sem coletiva de imprensa e na última semana de cada mês, mas foram antecipados para serem anunciados por Temer.
Depois de o Brasil registrar em 2016 o segundo pior ano da história no mercado de trabalho formal, 2017 começou com o fechamento de 40,8 mil vagas de emprego com carteira assinada em janeiro – havia sido o 22º mês consecutivo em que houve diminuição do emprego formal. A tendência foi revertida no mês passado, quando o saldo foi positivo pela primeira vez desde março de 2015, quando 19,2 mil postos de trabalho com carteira assinada foram criados.
O desempenho de fevereiro foi puxado, principalmente, por serviços, que encerrou o mês com a criação de 50,6 mil vagas. Em segundo lugar, aparece a administração pública, com 8,2 mil vagas geradas, e em terceiro a agropecuária, com 6,2 mil postos criados.
A indústria de transformação, que em janeiro havia criado cerca de 17 mil postos de trabalho, vem em quarto lugar, com a criação de 3,9 mil vagas com carteira. “Na indústria, o segmento de vestuário, indústria têxtil, vem se destacando”, afirmou o coordenador de estatística do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães. “Se os empresários da indústria estão contratando, estão acreditando que o poder de compra dos trabalhadores vai crescer”.
No comércio, as demissões superaram as contratações. “Isso é fruto da sazonalidade. Esperamos a recuperação mais para a frente”, disse Magalhães.
Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste