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Tomate apresentou alta de 27,90%, em Fortaleza, e contribuiu para o aumento do valor da cesta básica em janeiro de 2023(foto: Carol Kossling)

A cesta básica de Fortaleza continua sendo a mais cara do Nordeste, conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizada em janeiro pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. A alta em relação a dezembro de 2022 foi de 3,95%.

Dos 12 produtos que compõem a cesta básica, dez tiveram alta. Os itens que os fortalezenses mas sentiram pesar no bolso foram tomate (27,90%), banana (3,61%), farinha (3,37%) e arroz (3,37%). Os únicos produtos a registrarem baixas em seus preços no período foram o leite (-3,70%) e a carne (-1,20%).

Para o supervisor técnico do Dieese, Reginaldo Aguiar, não existe justificativa compreensível para esse aumento já que o Ceará não atravessa nenhuma seca e a maior parte dos itens que compõem a cesta básica é de cultura irrigada.

“Nós não estamos enfrentando nenhum problema de seca, nenhum problema na produção no campo da produção. Vários desses itens são de cultura irrigada. Então não tem justificaria uma elevação de preço tão significativa. Certamente tem algum problema de mercado”, afirma o supervisor.

Variações

Já quando o comparativo na Capital cearense é semestral o aumento é ainda maior de 5,98%. E no ano chega a 11,93%. O que representa para a população que comer está ainda mais caro em Fortaleza. Hoje a cesta básica custa R$ R$ 679,81, e, julho de 2022 o desembolso era de R$ 641,46 e em janeiro de 2022 R$ 607,35.

Brasil

O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 11 das 17 capitais pesquisadas. Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, os maiores percentuais de alta foram registrados nas seguintes cidades do Nordeste: Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%).

Já as reduções mais importantes ocorreram em capitais do Sul como Curitiba (-0,50%), Porto Alegre (-1,08%) e Florianópolis (-1,11%).

O Povo

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