Lula ganha em todas as cidades do Ceará; Bolsonaro amplia número de votos no estado, 29% a mais que 2018

Em entrevista ao CETV 1ª edição, Elmano disse que a estratégia para angariar votos para o Lula no Estado será dialogar com os eleitores que não votaram no candidato à presidência no primeiro turno, para virar os votos.

“Nós vamos, com muita humildade, procurar aquele eleitor que no primeiro turno não votou no Lula para que a gente possa conversar com ele, discutir as propostas que o Lula tem para o país e a importância de ter o Lula na presidência para o Ceará avançar ainda mais”, falou Elmano.

Para Elmano, eleger Lula presidente trará benefícios ao Ceará. “Imagina a gente ter o Lula na presidência do Brasil com um projeto alinhado com o nosso, nós podemos avançar muito mais. Nós vamos dialogar com muita humildade e pedir o voto para aquele que não votou no Lula e agora possa votar no 13 e garantir o Lula presidente no Brasil”, disse Elmano.

Após a derrota para o Governo do Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) anunciou apoio a Jair Bolsonaro, em transmissão nas redes sociais, ao lado da mulher Dayany Bittencourt (União Brasil), eleita deputada federal.

Vestido com a camisa da seleção brasileira, o político cantou um trecho de um jingle da campanha do candidato a presidência pelo PL. “Por uma questão partidária, no primeiro turno, a gente não podia se posicionar. Agora é vota, vota e confirma 22, é Bolsonaro”, disse Capitão Wagner.

No primeiro turno das eleições, Wagner evitou vincular a sua imagem à de Bolsonaro, menos popular que Lula no Ceará. Enquanto o presidente teve 25,38% dos votos válidos no estado, Lula obteve 65,91%. Apesar de se “descolar” de Bolsonaro, os adversários de Capitão Wagner usaram propagandas eleitorais para lembrar que o presidente declarou apoio a ele.

O candidato foi derrotado na disputa ao Governo do Ceará com 31,72% dos votos válidos. Elmano de Freitas (PT) foi eleito no primeiro turno, com 54,02%. Conforme Wagner, a candidatura de Soraya Thronicke, que faz parte do seu partido, o impediu de manifestar apoio a Bolsonaro.

“Passada a eleição de governador, a gente tinha que se posicionar. Vocês sabem que o nosso partido tinha uma candidatura a presidência da república, o que nos impedia de se posicionar em relação a qualquer outra candidatura”, falou o Capitão Wagner.

Agora, o político e a mulher já planejam a campanha no Ceará para o candidato a presidência.

“A gente vai viajar o Ceará todo, disponibilizar material de campanha, sem agredir ninguém. A gente só precisa declarar nossa posição. […] Já estou articulando com Brasília, articulando com o senador Flávio [Bolsonaro]. A gente não vai deixar de se posicionar. Vamos trocar os adesivos do 44, pelo 22, para que a gente possa fazer uma campanha linda no Ceará”, falou Capitão Wagner.