O Governo do Ceará solicitou 1,4 milhão de doses do imunizante contra a Covid-19 às farmacêuticas americana Pfizer e alemã BioNTech. A informação é do secretário estadual da Saúde, Carlos Roberto Martins, o Dr. Cabeto. Com mais esse pedido oficial, o estado passa a aguardar vacinas de três laboratórios: de Oxford/AstraZeneca (reproduzida no Brasil pela Fiocruz), a Coronavac (replicada no país pelo Instituto Butantan) e a da Pfizer/BioNTech.
Não há detalhes de quando o pedido foi feito, mas o secretário enfatizou que o estado tem tecnologia adequada para armazenar essa vacina, que requer temperaturas mais baixas que as demais já cogitadas para uso no Ceará.
“O Ceará, através de uma parceria com a universidade federal, tem capacidade para estocagem a menos 70 graus, para estocar a vacina da Pfizer que inclui uma logística muito mais complexa”, explica.
Vacinas como a de Oxford/AstraZeneca e a Coronavac, da chinesa Sinovac, demandam temperaturas de armazenamento entre 2°C a 8°C, geralmente, típicas das campanhas de vacinação no Brasil.
A possível aquisição da substância da Pfizer consta na atualização do plano de operacionalização para vacinação contra Covid-19 no estado. O documento, publicado em dezembro, menciona o preparo para uso de imunizantes de diversos laboratórios. Contudo, naquele momento, ainda não havia confirmação do pedido oficial do Governo.
“Nós temos um memorando que trata de 1,4 milhão de doses de CoronaVac para que, se a produção da Sinovac for em grande escala, como eles estão dizendo na China, para além do que está fornecido ao plano nacional de imunização, se houver disponibilização, nós temos uma proposta de fazer a aquisição. A mesma quantidade [de doses] nós solicitamos à Pfizer”, explica o secretário.
No plano de vacinação consta que houve visitas aos ultra refrigeradores cedidos pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e há também informação que, devido à dificuldade em manter uma cadeia de frio homogênea em todo o Estado, a orientação, caso a substância da Pfizer seja disponibilizada, é que ela seja aplicada em Fortaleza e nas cidades da Região Metropolitana.
As negociações para aquisições próprias de vacina, segundo Cabeto, busca adiantar o processo de imunização no estado.
“Nós esperamos que essas outras iniciativas sejam exitosas, para que o estado possa se antecipar e garantir a sua população uma vacinação em maior escala, para que a gente possa suplantar essa pandemia de forma mais rápida”, ressalta.
De acordo com o secretário, o Ceará tem montando uma estrutura para garantir o processo, e 210 localidades serão usadas para distribuição do imunizante no interior. Além disso, o estado já possui 8 milhões de seringas com agulhas compatíveis para garantir o processo de imunização.
Nordeste Notícia
Fonte: G1