Um morador da cidade de Mulungu, no Ceará, que é professor no município vizinho, Guaramiranga, suspeito de ter estuprado e engravidado em março a enteada adolescente que, à época, tinha 13 anos, segue foragido. No entanto, mesmo com uma investigação aberta pela Polícia Civil contra ele desde o dia 10 de agosto, o suspeito permaneceu dando aulas remotas na rede municipal de Guaramiranga até a última segunda-feira (28).

O suspeito permaneceu como professor da rede municipal da cidade até o dia 1 de outubro. Conforme relatado por uma parente da vítima, o suspeito mantinha um relacionamento com a mãe da adolescente há mais de um ano.

O crime teria ocorrido em março, em um dia em que o suspeito ficou sozinho com a adolescente. Na ocasião, a vítima teria sido levada à residência do suspeito sob a afirmativa dele de que iria buscar um calçado e depois a conduziria até a sua própria casa.

Após a ocorrência, a vítima teria mudado de comportamento, relata a familiar, no entanto, à época, ela não teve coragem de denunciar o caso. Em agosto, a família notou que as mudanças se acentuavam. Uma das alterações é que a adolescente estava usando roupas mais frouxas. Então, decidiram fazer um teste de gravidez. Com o resultado positivo, a vítima contou sobre a violência sofrida e afirmou que o suspeito ameaçou incendiar a casa da família caso o crime fosse descoberto. O Conselho Tutelar foi acionado e deu prosseguimento encaminhando a ocorrência à Polícia Civil. Conforme a família, após a denúncia, o suspeito desapareceu.

O professor suspeito de estuprar e engravidar a própria enteada, que na época do crime tinha 13 anos, na cidade de Mulungu, no interior do Ceará, mantinha um ‘quarto erótico’ em casa. O docente teria usado o cômodo para violentar sexualmente a vítima há cerca de seis meses. A Justiça aceitou o pedido de prisão preventiva há cerca de 20 dias e o homem segue foragido.

Em um vídeo gravado no quarto, é possível ver duas partes de uma algema envoltas em pelúcia vermelha e dispostas sobre a cama do cômodo. Há, ainda, no teto do aposento, um sistema de luzes de LED acoplado a um espelho que fica em cima da cama. O cômodo encontrado é localizado na residência do suspeito, no município de Mulungu, onde aconteceu o crime.

A Polícia Civil informou que concluiu o inquérito policial sobre o caso. Conforme o Órgão, contra o suspeito, há um mandado de prisão preventiva em aberto. O professor foi indiciado por estupro de vulnerável e segue sendo procurado pelas autoridades policiais.


Crime

A jovem, 14 anos, que na época do crime tinha 13 anos, foi estuprada no primeiro semestre de 2020, pelo então professor da rede municipal de ensino de Guaramiranga, cidade distante a cerca de 13 km de Mulungu. Namorado da mãe da vítima, o suspeito almoçava diariamente na casa da adolescente, contou uma parente da vítima que preferiu não se identificar.

Conforme a família da jovem, o estupro aconteceu em março deste ano, quando o suspeito ficou sozinho com a vítima e a levou para a casa dele, alegando que iria buscar um calçado e a levaria de volta para a residência dela.

O crime, porém, só foi descoberto meses depois, em agosto deste ano, quando a parente percebeu que a adolescente estava usando roupas mais frouxas e decidiu que a jovem faria um teste de gravidez. Após o resultado positivo, a vítima relatou a violência sexual sofrida e disse ainda que o suspeito ameaçou incendiar a casa de sua família se ela falasse sobre o estupro.


Suspeito ainda dava aulas

Mesmo com a denúncia formalizada contra o suspeito na Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) desde agosto, o professor, foragido, ainda seguiu dando aulas remotas por cerca de um mês, por meio de gravações de vídeos, até o dia 28 de setembro, e permaneceu como integrante da rede municipal de ensino de Guaramiranga até a última quinta-feira (1º).

A Secretaria da Educação de Guaramiranga informou que “tomou ciência no dia 1º de outubro do possível envolvimento de um professor temporário da Rede Municipal, na prática de crime no âmbito familiar”, e que “imediatamente tomou providências no sentido de afastar o servidor de suas funções e deflagrou o processo administrativo para fins de rescisão do contrato do mesmo”.

 

Nordeste Notícia
Fonte: G1

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