A comerciante Maria Helena da Costa foi surpreendida por médicos do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), em Fortaleza, que arrecadaram R$ 3.200 para que ela pudesse manter sua lanchonete que funciona há mais de 10 anos ao lado da unidade de saúde.
Com a pandemia de coronavírus e o decreto do Governo do Ceará que proíbe o funcionamento de comércio não essencial, ela está impedida de trabalhar na lanchonete e não tinha como pagar o aluguel do espaço. Diante da situação, os médicos se juntaram para pagar o valor do aluguel e ajudar nas despesas da comerciante.
“A gente está vendendo em delivery, mas não está sendo como antes. Eu recebia os médicos na lanchonete, mas não tá podendo mais. Fiquei sem mercadoria, sem capital de giro pra poder comprar”, conta.
“Chorei demais, fiquei grata. Deu mais ânimo pra continuar trabalhando. Agora eu não saio mais daqui”, comemorou, ao receber a doação.
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Decreto que determina fechamento de comércio e avanço da Covid-19 no Ceará esvaziaram as ruas da capital do estado — Foto: Thiago Gadelha/SVM
Anteriormente, Helena já havia sido homenageada por estudantes de Medicina por pelo menos quatro vezes, durante cerimônias de formatura. “Eles são como filhos pra mim. Já fui pra casamento deles, formatura, eles já foram na minha casa pegar café. Eu amo esse hospital”, revela.
Vaquinha de estudantes
A iniciativa da doação partiu do médico Renan Diniz, 32, residente em clínica média no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara. Ele questionou a comerciante acerca dos desafios para se manter, agora com menos clientes.
Diante do diálogo com a comerciante, ele conversou com funcionários do hospital e demais residentes para propor a arrecadação.
“A dona Helena tem uma relação muito próxima com a gente, como se fosse uma segunda mãe. Ela não é de reclamar nem ficar pedindo. É uma pessoa muito otimista, alegre. Só falou [sobre as dificuldades] porque eu toquei no assunto”, conta.
“Colocaram no grupo de ex-residentes de clínicas de lá, e, em um dia, conseguimos arrecadar R$ 3.200. Foi muito bom. Eu acho que o aluguel lá é uns 800 reais, se não me engano, e vai dar pra ela ficar pelo menos até uns dois meses, pagando as coisas básicas”, explica Renan Diniz. “A gente deu um papelzinho com uma mensagem de agradecimento e o envelope [com dinheiro]”, relembra.
Nordeste Notícia
Fonte: SVM
