O segundo motorista suspeito de envolvimento no atropelamento que matou mãe e filho, na CE-292, no trecho entre as cidades de Juazeiro do Norte e Missão Velha, apresentou-se na tarde desta quarta-feira (4), na Delegacia de Roubos e Furtos e Crimes de Trânsito em Juazeiro do Norte. O condutor foi intimado a depor na terça-feira (3), mas só compareceu à delegacia nesta quarta, acompanhado de uma advogada.
Segundo amigos da família, Maria Cleide Rodrigues Paulo, de 46 anos, estava na motocicleta com os dois filhos, Pedro Lucas Rodrigues Paulo, de 6 anos, e Clara Samila Rodrigues Paulo, de 22 anos. Mãe e filha tinham ido buscar a criança na escola. Maria Cleide e Pedro faleceram no local. A filha mais velha foi encaminhada para o Hospital Regional do Cariri, passou por uma cirurgia e apresenta um quadro de saúde estável.
De acordo com a delegada Carla Guedes, responsável pelo caso, o motorista, que dirigia um veículo Gol, disse em depoimento que tentou desviar de um outro veículo, um Golf que freou bruscamente, mas não conseguiu e houve um choque entre eles. Ele disse ainda que ficou com medo e deixou o local.
“A versão dele foi que o motorista do Golf teria freado de forma brusca. Como na avenida não tem acostamento, ele freou na pista e esse motorista do Gol teria colidido na traseira dele. E razão disso ele achou que teria sido apenas um acidente de trânsito normal em colisão entre veículos e teria saído do local com medo. Ele alega que não sabia que teria atingido pessoas”, afirmou.
O primeiro suspeito já havia prestado esclarecimentos. “Ele disse que um outro veículo bateu na traseira dele e ele perdeu o controle do carro e bateu na moto”, disse a delegada.
A polícia conseguiu chegar ao veículo e ao motorista envolvido através de imagens de câmeras segurança.
Direção perigosa
O laudo da perícia feita nos dois veículos ainda não saiu. A previsão que seja divulgado em um prazo de 30 dias. Apesar do prazo, a delegada pediu agilidade no processo. Segundo a polícia, existe a suspeita que os dois motoristas envolvidos no acidente dirigiam com imprudência numa disputa para ver quem corria mais.
“Chegou ao nosso conhecimento essa informação de que seria teria essa ocorrência de alta velocidade entre eles, mas a gente não conseguiu provar esse fato. Nem que existiu, nem que não existiu”, afirmou Carla Guedes.