O presidente brasileiro aproveitará o evento para tentar reforçar os intercâmbios comerciais brasileiros com o resto do grupo ( Foto: Presidência da República )
O presidente brasileiro aproveitará o evento para tentar reforçar os intercâmbios comerciais brasileiros com o resto do grupo ( Foto: Presidência da República )

Brasília/ Goa. O presidente Michel Temer viaja hoje à Ásia para vários encontros com líderes e empresários da região. Ele vai participar da 8ª Cúpula do Brics, bloco econômico formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul, em Goa, na Índia, e em seguida terá compromissos com representantes do governo indiano.

Temer irá também ao Japão. “O Brics mantém cooperação em diversos temas, com destaque para a área financeira.

Em Goa, assinaremos acordos de cooperação alfandegária, pesquisa agrícola e cooperação ambiental”, informou o porta-voz do governo, Alexandre Parola, na última terça-feira (11).

Após a cúpula do Brics, o presidente “reforçará laços” com a Índia, durante encontro com integrantes do governo e empresários do país. Segundo Parola, a viagem será uma oportunidade de mostrar o que o governo Temer chama de “um novo Brasil”, com “oportunidades de investimento, estabilidade e responsabilidade fiscal”.

No Japão, o presidente vai ser recebido pelo premiê Shinzo Abe. Será a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro ao Japão em 11 anos. “Em seguida, terá um encontro com empresários, onde será apresentada a nova realidade econômica brasileira e as oportunidades abertas pelo Plano de Parcerias de Investimentos”, disse Parola. O presidente tem previsão de volta ao Brasil no dia 20.

Encontro

Os dirigentes das potências emergentes reunidas no BRICS se encontram neste fim de semana em sua cúpula anual, em um momento em que o bloco vê seu peso diminuído por suas dificuldades econômicas.

O grupo BRICS, cujos membros, juntos, somam 53% da população mundial e 16 trilhões de dólares de PIB, foi criado em 2011 para utilizar sua influência econômica e política conjunta a fim de contrabalançar as ações do Ocidente na gestão dos assuntos do mundo.

Mas na reunião desses cinco países no sábado (15) e no domingo, o único líder que poderá se orgulhar dos resultados econômicos de seu país será o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia indiana registrará para 2016/2017 uma expansão de 7,6%, nível equivalente ao exercício anual anterior. Já o restante do grupo não poderá dizer o mesmo. Rússia e Brasil caíram recentemente em recessão, uma situação que no mês passado a África do Sul conseguiu evitar por pouco. Já o crescimento da China, motor da economia mundial, se viu seriamente desacelerado.

Os dirigentes dos BRICS debaterão sobre “as perspectivas de crescimento mundial, o papel do grupo e sua contribuição para este crescimento”, informou Amar Sinha, do ministério de Relações Exteriores indiano.

O aquecimento climático, a segurança regional, também estão na ordem do dia, afirmou. A Rússia também deve introduzir nos debates o tema da Síria, cujo regime Moscou apoia.

Michel Temer aproveitará o evento para tentar reforçar os intercâmbios comerciais brasileiros com o resto grupo.

Nordeste Notícia
Fonte: Diário do Nordeste

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