Um grupo de jovens empreendedores de Fortaleza foi o vencedor do 1º desafio de inovação aberta da plataforma Henri@Nestlé no Brasil, que teve como tema “Iniciativas para a substituição de canudos de plástico”.
O projeto foi idealizado pela engenheira ambiental e sanitária Ana Ivna Alves Milério, o estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária Leonardo Holanda Lima e o arquiteto e urbanista Matheus Titara.
O grupo recebeu um prêmio único de US$ 50 mil para a implantação de um piloto em conjunto com a Nestlé Brasil: um protótipo de caixinha de Nescau Prontinho com um canudo acoplado para dobrar, feito do mesmo material da embalagem atual do produto.
A ideia é que a caixinha do achocolatado venha com lacre que, ao ser retirado, libera o canudo na dobradura. “A tecnologia permite a conservação do líquido, com barreira contra microorganismos, a produção em escala e com variedade de embalagens”, explicou um dos idealizadores do projeto, Leonardo Holanda Lima.
“É uma grande emoção ganhar esse prêmio, porque reforça a necessidade de agregar conhecimentos para modificar o cenário de sustentabilidade no Brasil e provocar uma mudança de consciência das pessoas”, complementa Ana Ivna.
O protótipo do canudo acoplado trouxe uma solução que utiliza um único material, reciclável e que não interfere na composição do produto. A diretora de transformação digital da Nestlé Brasil, Carolina Sevciuc, comenta que “eles tiveram espírito empreendedor e, ao mesmo tempo, o prêmio do desafio será importante para fazer o negócio acontecer”.
Além do investimento na empresa, o projeto vencedor será acelerado em parceria com a Fundação Dom Cabral.
O desafio contou com 72 projetos inscritos e, desse universo, cerca de 90% foram empreendedores brasileiros. Por meio de desafios como o dos canudos de plásticos, a empresa busca por soluções para vários desafios de negócio, que passam por inovação de produtos, sustentabilidade, saúde e nutrição.
De acordo com a organização Ocean Conservancy, canudos de plástico são o sétimo item mais coletado nas areias das praias em todo o mundo e, na maioria das vezes, deslocam-se da areia para o mar, poluindo a água e prejudicando a fauna marinha.
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Fonte: Tribuna do Ceará